Mesmo com barreiras nos EUA, venda de suco cresce

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A indústria de suco de laranja não sabe ainda quando e nem quais serão os efeitos das barreiras que os Estados Unidos colocaram nas importações do produto brasileiro, devido à utilização do fungicida carbendazim no Brasil.

Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram, no entanto, um cenário ainda bom para o setor. As vendas de suco de laranja renderam 49% mais nas duas primeiras semanas deste mês em relação às do mês passado e 102% mais do que as de fevereiro de 2011.

A média de exportação é de US$ 11,7 milhões por dia útil. Neste ritmo, o Brasil atingirá receitas de US$ 222 milhões neste mês.

Os efeitos da medida norte-americana com certeza virão e os prejuízos podem chegar a até US$ 60 milhões, segundo avaliações do setor.

As barreiras à importação ocorrem sobre o suco concentrado -cerca de 35% do volume enviado pelo Brasil ao mercado norte-americano.

No suco não concentrado, que contém seis vezes mais água do que o concentrado, o fungicida não aparece.

As exportações totais brasileiras de suco somam 1,3 milhão de toneladas. Dessas, 170 mil toneladas vão para o mercado norte-americano.

Uma das saídas para a indústria diminuir as perdas de exportação do suco concentrado para os EUA seria segregar o produto vindo de pomares em que o fungicida não tenha sido usado.

Essas áreas estão localizadas nas regiões mais quentes do Estado de São Paulo. Além da dificuldade dessa segregação, o resultado pode ter pouco efeito.

As barreiras dos EUA ocorrem em um momento em que o setor vive outros problemas. O suco está caro e as principais regiões de consumo estão com economias em ritmo lento e gerando menos renda na população. Há queda no consumo e substituição do suco por outros produtos de menor valor.


Veículo: Folha de S.Paulo


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