Petrópolis aposta em cerveja light e lucro da Heineken sobe em 2011

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Na disputa por uma fatia mais ampla em um segmento em forte expansão, o Grupo Petrópolis vê a possibilidade de quase dobrar sua participação de mercado nos próximos dez anos, para quase 20%, se consolidando na vice-liderança entre as cervejarias do Brasil. A companhia encerrou janeiro com participação de mercado de 10,9%, enquanto a rival Schincariol apurou 10,68% e a AmBev, 68,47, segundo dados da consultoria Nielsen. -

Até o final de 2012, a empresa espera ter fatia de mercado de 11 a 12%, segundo o diretor de Marketing e Relações com o Mercado da Petrópolis, Douglas Costa.

No segmento de latas, a companhia já conquistou a liderança na capital paulista. Ontem, a companhia apresentou a versão light de sua principal marca de cerveja, a Itaipava, aproveitando uma lacuna no segmento, que chegou a ser explorado pela AmBev há cerca de 10 anos, com o lançamento da Brahma Light, descontinuada.

"O mercado de produtos light vem crescendo muito e identificamos a existência de demanda por um produto que não existia", disse Costa à Reuters. "O desafio foi manter o sabor mais próximo possível da cerveja pilsen convencional."

Com 25% menos calorias, a cerveja light tem 3,5% de teor alcoólico, contra 4,5% na versão convencional. O preço da Itaipava Light também se distancia da cerveja tradicional, sendo equivalente ao de cervejas "premium", como a Heineken, tradicionalmente mais voltadas às classes A e B.

Inicialmente, o novo produto será voltado apenas aos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, com produção de cerca de 40 mil litros. "Depois de três ou quatro meses devemos ampliar para outros mercados", afirmou Costa.

Em meio à entrada de companhias estrangeiras no setor, Costa descartou qualquer possibilidade de a Petrópolis ser vendida ou se unir a outra empresa. "Fomos abordados, mas não temos intenção nenhuma de venda ou fusão", disse ele.

Concorrência

A Heineken teve lucro líquido antes de itens extraordinários de 1,58 bilhão de euros em 2011, alta de 9,2% em relação a 2010, recuperando-se do fraco verão europeu. A terceira maior cervejaria do mundo lançou mais um programa de corte de custos, de 500 milhões de euros, por meio de uma visão mais globalizada em compras e tecnologia. A companhia não fez estimativas para 2012, mas espera crescer nos mercados emergentes e aumentar a receita nos desenvolvidos, estimulando as marcas premium.


Veículo: DCI


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