Crescimento global da empresa de bebidas foi de 3%, índice abaixo do previsto por analistas, mas mercados emergentes seguem promissores
A receita da SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo, cresceu 7% em 2011, chegando a US$ 28,3 bilhões. O aumento foi conduzido pela América Latina, responsável por 31% do crescimento, seguida por África do Sul (23%) e pelo restante da África (13%), de acordo com o balanço da companhia de Graham Mackay.
O mercado brasileiro integra as estratégias do médio prazo, ao lado de outras economias em desenvolvimento. “Até 2015, é provável que o crescimento continue a ser liderado pelos mercados emergentes”, afirma o anúncio oficial.
Segundo o documento, os 25 países que avançam mais rapidamente devem contribuir mais com a taxa de crescimento anual em volumes de cerveja. “A China deve responder por quase 40% desse crescimento, com Vietnã, Brasil, Ucrânia, Nigéria, Índia e Peru contribuindo de forma significativa.”
No ano, o crescimento orgânico (que abrange só produção e vendas, excluindo variações cambiais e aquisições) foi de 3%. A média ficou abaixo do índice de 4% esperado por nove analistas ouvidos pela agência Bloomberg.
O resultado pífio se deveu ao volume de cerveja comercializado na área do Ásia-Pacífico, que subiu apenas 1% no último trimestre, contra os 8% esperados pelo mercado. As chuvas prejudicaram as vendas nessa parte do mundo, a ponto de a financeira UBS AG calcular que, embora os chineses respondam por cerca de 20% do volume anual da SABMiller, correspondem a só 2%do lucro.
A empresa britânica, que começou vendendo cerveja para garimpeiros na África do Sul em 1895, produziu 218 bilhões de litros de bebida nos últimos 12 meses, 2% a mais que o registrado no ano de 2010.
A concorrente Heineken afirmara na véspera que as vendas durante o mesmo período caíram 1,3% na Europa Ocidental, devido a reduções em Portugal, Irlanda e Grécia. Já as vendas de cerveja da Heineken em regiões como África e América Latina aumentaram.
Veículo: Brasil Econômico