Os estoques mundiais de vinho estão no nível mais baixo desde a década passada, segundo relatório divulgado na semana passada pelo Rabobank, uma das principais instituições financeiras do setor agrícola.
Alguns fatores contribuíram para a baixa nos estoques: o aumento do consumo em mercados emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia; fatores climáticos; e a crise na zona do euro, que afetou a produção de uvas e de vinho na região.
A situação é pior na Europa. Em maio, na França, chuvas de granizo destruíram 6 mil hectares de vinhedos nas regiões de Côtes-de-Provence e Coteaux-Varois. Além disso, muitos produtores do Velho Continente têm diminuído a área de plantio em virtude da crise. Nos últimos três anos, a área dos vinhedos europeus encolheu 162 mil hectares. Essa redução foi de 4,3%, o que parece pouco. Mas essa quantidade de terra perdida é capaz de produzir cerca de 1,05 milhão de litros de vinho. Espanha, Itália, França e Hungria foram os países que mais diminuíram a área plantada.
Para o consumidor, a notícia é ruim, pois a baixa nos estoques pode elevar o preço da bebida.
Veículo: O Estado de S.Paulo