Entidade participará, no dia 7 de setembro, das comemorações da Independência na embaixada do Brasil.
Os produtores mineiros terão mais uma oportunidade para divulgar, no exterior, a cachaça artesanal produzida no Estado. De acordo com a Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq), a entidade foi convidada a participar, no dia 7 de setembro, das comemorações da Independência do país na embaixada do Brasil em Lima, no Peru. O evento, que reunirá autoridades e empresários do país vizinho, é visto como uma boa oportunidade para divulgar a cachaça mineira e abrir espaço para negócios futuros.
De acordo com o presidente Ampaq, Alexandre Wagner da Silva, cerca de 130 marcas de cachaça de alambique serão levadas para o evento. Além da bebida pura, também serão apresentadas formas variadas de consumir a cachaça.
"O evento é uma grande oportunidade que teremos para divulgar nossa cachaça no exterior e ampliar o mercado de atuação. A bebida não é muito consumida no Peru, por isso vamos fazer vários drinks, combinados com frutas, para mostrar a diversidade e despertar o interesse dos peruanos pela nossa bebida", disse.
A comemoração da Independência do Brasil é um dos maiores eventos sociais realizados pela embaixada brasileira. A expectativa é reunir cerca de 1,2 mil autoridades peruanas nos Jardins da Chancelaria, incluindo o presidente do Peru, ministros, empresários de vários segmentos e imprensa.
A Ampaq estará presente com um estande mostrando várias marcas de produtores mineiros, realizando degustações e preparando vários coquetéis de frutas à base de cachaça.
"Além de divulgar a bebida, também queremos mostrar nossa história e os investimentos constantemente feitos para a melhoria da bebida, que vão desde as reformas de alambiques, capacitação dos envolvidos na atividade até a obtenção de certificações, que são essenciais para agregar valor ao produto e atestar a qualidade superior", ressalta.
Positivo - Ainda segundo o presidente da Ampaq, o cenário para a cachaça de alambique é positivo, além da demanda nacional crescente, o setor terá boas oportunidades, ao longo dos próximos anos, para expandir a participação no comercio mundial.
O reconhecimento, por parte dos Estados Unidos, de que a cachaça é um produto típico e exclusivo do Brasil atrelado aos investimentos em certificações e em feiras internacionais serão os principais fatores que vão abrir novas oportunidades para a comercialização da bebida.
"Os empresários do setor estão investindo e agregando valor à cachaça. Um dos grandes reconhecimentos que tivemos no Estado foi á conquista do selo de Identificação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), à Cachaça de Salinas, que foi conquistado após dois anos e sete meses de espera. Esse tipo de reconhecimento e diferenciação é importante para atestar a qualidade e origem da cachaça", disse.
Diante das boas perspectivas de mercados, a produção mineira de cachaça artesanal deverá ser ampliada em pelo menos 10% ao longo deste ano. O aumento esperado, além da demanda crescente, se deve também às políticas criadas para estimular o desenvolvimento do setor. De acordo com os dados da Ampaq, em 2011, foram produzidos no Estado 240 milhões de litros de cachaça de alambique.
Veículo: Diário do Comércio - MG