A SABB Coca-Cola vai construir uma nova fábrica de sucos no Brasil. A unidade provavelmente será localizada no Nordeste em uma área de 200 mil m2, sendo 50 mil m2 construídos, e terá um investimento de R$ 500 milhões. A SABB (Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil) é uma joint venture formada pela multinacional e 16 fabricantes regionais de bebidas sem gás no país.
De acordo com o diretor de relações institucionais e jurídicas da SABB Coca-Cola, Mauro Ribeiro, a expectativa é que a unidade entre em operação no fim de 2014. "Estamos atrasados, a seca [no Nordeste] atrapalhou o nosso planejamento", disse. A nova fábrica também produzirá isotônicos.
Ribeiro conta que a empresa ainda não bateu o martelo em relação ao Estado em que construirá a nova unidade. Até o momento, está sendo considerada não apenas a disponibilidade de terrenos, mas também de água, que responde por 50% da composição do suco pronto para beber.
A nova fábrica já nascerá com a certificação de construção e operações sustentáveis, segundo o executivo. Hoje a SABB Coca-Cola tem apenas uma unidade de produção de sucos no Brasil, no município de Linhares, no Espírito Santo.
Anualmente a empresa coloca no mercado 2 bilhões de litros de suco. A capacidade produtiva inicial da nova unidade será de 70 milhões de litros anuais, mas a ideia é que ela atinja a mesma produção da fábrica já existente.
A multinacional produz, agrupadas sob a marca Del Valle, uma linha que inclui néctares (suco feito com pelo menos 25% de polpa de fruta), bebidas de frutas, à base de soja e achocolatados. Entre seus concorrentes estão a Wow Nutrition, com a marca Sufresh, e a pernambucana Ebba, fabricante de Maguary e Dafruta.
Com a nova unidade, a multinacional deve reforçar sua presença em um mercado no qual já é líder (com a marca Del Valle) e que vem crescendo aceleradamente no Brasil. Só em 2011, segundo dados da Euromonitor, o setor registrou expansão de 30%, para US$ 3,58 bilhões. O valor envolve diferentes subcategorias: néctares (a maior, com US$ 1,96 bilhão), sucos integrais (100% de fruta) e refrescos (10% ou menos de polpa de fruta).
Os investimentos integram o plano de expansão do Sistema Coca-Cola (que considera também refrigerantes) no país, iniciado em 2010, e que prevê a aplicação de R$ 11 bilhões até 2014.
Veículo: Valor Econômico