Coca-Cola é investigada por autoridade chinesa

Leia em 1min 50s

O governo de uma província remota no oeste da China investiga a Coca-Cola por acusações de que a empresa mapeou ilegalmente partes da região, em mais um episódio da escalada na guerra de palavras entre China e Estados Unidos sobre "ciberespionagem".

A Agência de Informações Geográficas de Pesquisas e Mapeamento de Yunnan acusou a empresa americana de estar "coletando ilegalmente informações sigilosas com equipamentos portáteis de GPS", de acordo com o site do governo de Yunnan.

A Coca-Cola informou que "cooperou integralmente" com a investigação e acrescentou que as engarrafadoras locais usam "sistemas de logística para os clientes, com base em localização e mapas eletrônicos que estão disponíveis comercialmente na China" para melhorar o serviço aos clientes e melhorar a eficiência.

"Os sistemas de logística aos clientes são amplamente usados em aplicações comerciais em muitos setores na China e no mundo", segundo a empresa. O governo de Yunnan informou que o caso da Coca-Cola é um dos 21 de supostas inspeções ilegais sob investigação na área, entre as quais há acusações de vendas ilegais de mapas militares sigilosos pela internet, fotografias aéreas por aeronaves não tripuladas e investigações ilegais de bases militares.

A agência não deu mais detalhes da investigação sobre a Coca-Cola, mas um funcionário que disse ter o sobrenome Han observou que a investigação acabaria logo. "Vamos anunciar os resultados quando estiver concluída", disse. "É um pouco delicado. Não sei como foi divulgado."

Pequim e Washington vêm aumentando o tom de suas acusações mútuas sobre ciberespionagem, com a Casa Branca convocando a China a dar "sérios passos" para interromper a invasão on-line de empresas americanas e discutir leis internacionais sobre o modo de agir no ciberespaço. Antes disso, a empresa americana Mandiant pela primeira vez relacionou a uma unidade militar chinesa, em Xangai, grandes ciberataques a empresas dos EUA. O jornal "The New York Times" noticiou que a própria Coca-Cola foi um alvo.

O ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jechi, negou as acusações de envolvimento militar nas invasões por hackers. "Qualquer um que tentar fabricar ou remendar uma história sensacionalista para servir suas motivações políticas, não conseguirá manchar o nome de outros nem limpar o próprio", disse no fim de semana.



Veículo: Valor Econômico


Veja também

Ações da Chuva de Prata Glitz agitam o Mês da Mulher

  A marca festeja a data em São Paulo, Jundiaí e Rio de Janeiro  Março, Mês da Mu...

Veja mais
Estados Unidos reconhecem a cachaça como produto brasileiro

Bebida terá de ser produzida de acordo com padrões brasileiros, somente à base de cana   Par...

Veja mais
AB Inbev usa anúncios para rebater acusação de cerveja "aguada"

A Anheuser-Busch InBev (AB Inbev), cervejaria que foi acusada na semana passada de supostamente usar água em suas...

Veja mais
Anheuser-Busch se defende de colocar na água na cerveja com anúncio em jornais americanos

A fabricante da Budweiser, a Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev), criou anúncios para se defender das acusaç&o...

Veja mais
Nestlé Waters prevê dobrar vendas em cinco anos

A Nestlé Waters prevê dobrar o faturamento no Brasil nos próximo cinco anos. A aposta está ba...

Veja mais
Nestlé anuncia nova unidade de água mineral no Rio

A companhia vai investir R$ 117 milhões na aquisição da fonte Vale do Sol, no município de S...

Veja mais
Coca-Cola lança Fanta versão PET de 250 ml

        A Coca-Cola FEMSA Brasil traz ao mercado a nova versão Pet de...

Veja mais
Cervejas premium turbinam alta de 22% no lucro da Ambev

Com aumento nas vendas de Stella Artois e Budweiser, empresa ganha R$ 10,5 bilhõesA alta nas vendas de cervejas p...

Veja mais
Ambev diz que preço da cerveja vai continuar subindo

Empresa, que teve lucro de R$ 10,6 bi em 2012, anunciou que investirá R$ 3 bi este ano, se a carga tributá...

Veja mais