Alemães abrem primeira fábrica de cervejas em estilo germânico da Grande Florianópolis

Com sorrisos largos, bermudas e chinelos, o alemão Oliver Ralf Boje e o brasileiro de nascimento e alemão de coração Guenther Sauer abriram as portas da primeira fábrica de cervejas e bistrô alemão da Grande Florianópolis. Eles desembarcaram de Pforzhein, sul da Alemanha, onde o inverno dura seis meses e a temperatura média de janeiro é de -5ºC com neve. Trouxeram para o Estado a tradição alemã, tendo na cervejaria também um restaurante com gastronomia típica.

O terreno de 3.500 m² fica em Santo Amaro da Imperatriz, na estrada geral da cidade, logo após o pórtico, e tem uma ampla área verde. Segundo Oliver, uma paisagem que lembra a Floresta Negra, que fica a 25 km da cidade natal de Boje.

A produção da cerveja começou em março e, inicialmente, será de 9 mil litros por mês. O Gasthaus Badenia, que significa bar, bistrô e choperia, inaugurou, no último fim de semana, com capacidade para 110 pessoas e abre de quarta a sábado, a partir das 17h, e aos domingos, a partir das 11h.

Oliver tem 45 anos, nasceu em Pforzhein e trabalhava em redes ferroviárias até descobrir sua maior paixão: a fabricação de cervejas. Depois de três anos de curso na academia Doewens, perto de Munique, se formou como mestre cervejeiro.

Já Guenther, 50, é filho de uma família de Treze Tílias, no oeste catarinense, e nasceu em São Paulo. Aos dois anos, ele, seus pais e irmãos foram morar na Alemanha, país onde viveu até 2008 e onde trabalhava com comércio exterior.

Amigos desde 1993, Oliver e Guenther viajavam a passeio com frequência para o Brasil, e a vontade de permanecer no país tropical sempre os acompanhou. Com possibilidade de investir no país, resolveram unir seus conhecimentos e passaram a procurar terrenos para comprar e criar uma cervejaria. De todas as regiões do país, preferiram Santa Catarina pela proximidade de Guenther com o Estado e pelas belezas naturais.

– Gostamos muito da serra catarinense, mas principalmente das temperaturas amenas, do sol – diz Oliver, feliz com o clima tropical.



Veículo: Diário Catarinense