Consumidor passou mal depois de beber refresco e acionou o Procon. Recolhimento do produto é preventivo até que sejam concluídas as análises
A denúncia de um consumidor de que o energético Guaraviton estaria com uma substância estranha na composição levou o Procon-DF e a Vigilância Sanitária a retirarem o produto do mercado.
Na tarde de hoje, os dois órgãos fizeram uma operação para recolher amostras do produto e enviar para análise. A medida é preventiva. As autoridades ainda não sabem qual é a substância e se ela faz mal ou não à saúde dos consumidores.
No dia 17 deste mês, um homem procurou o a sede do Procon com duas garrafas de Guaraviton, sendo uma aberta e outra lacrada. As duas foram recolhidas para análise. O consumidor também apresentou um atestado médico. Ele relatou ao atendente que, depois de tomar a bebida, sentiu náuseas, fortes dores de cabeça e vômito. O homem procurou um hospital e recebeu um atestado médico, confirmando os sintomas.
A partir dos indícios, o Procon enviou funcionários à paisana ao mesmo mercado no qual o homem havia feito a compra. Eles também identificaram substâncias estranhas dentro das garrafas. Nesse momento, o órgão de defesa do consumidor acionou a Vigilância Sanitária. Por volta das 15h, as equipes dos dois órgãos estiveram na Super Adega para recolher oficialmente amostras do produto. Pelo menos três lotes apresentaram alterações suspeitas: 05L04, 01L03 e 01L04.
Pelo menos até que os laudos sejam concluídos, a venda do produto está proibida no DF. As amostras vão ser enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do DF(Lacen), que deve levar pelo menos 30 dias para entregar o relatório sobre o caso.
Amanhã o Diário Oficial do Distrito Federal vai oficializar a ordem do governo de retirada dos lotes da bebida. De acordo com o diretor-geral do Procon, Todi Moreno, é a primeira vez que o órgão toma uma decisão semelhante. “Não podemos colocar em risco a saúde do consumidor, considerando que um deles nos levou um atestado médico e duas garrafas com a substância”, explicou. Além de uma reclamação feita pessoalmente, o órgão registrou várias denúncias por meio do telefone 151.
A empresa foi procurada, mas até a publicação desta reportagem nenhum responsável foi localizado.
Veículo: Estado de Minas