PepsiCo vende menos no Brasil

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O volume das bebidas vendidas pela PepsiCo no Brasil caiu "dois dígitos" no segundo trimestre deste ano frente a igual período de 2012, informou a companhia ontem em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa vende no Brasil marcas como Pepsi, Lipton e Gatorade. A Pepsico não informa qual bebida perdeu venda.

"O volume na América Latina recuou refletindo queda de dois dígitos no Brasil e de um dígito alto na Argentina, e foi parcialmente compensado por aumento de dois dígitos na Venezuela", informa o relatório de resultados da empresa. No México, o volume comercializado de bebidas ficou estável. Tal segmento é o principal negócio da companhia, concorrente direta da Coca-Cola.

Na América Latina, o recuo foi de 1%. Ou seja, a queda do Brasil, de dois dígitos, foi superior ao verificado no resto da América Latina.

Considerando todo o continente americano, a venda de bebidas recuou 3,5% em volume, e a receita caiu 2%, para US$ 5,26 bilhões, em comparação com o segundo trimestre de 2012.

A marca de salgadinhos Elma Chips é o carro-chefe da divisão de alimentos da PepsiCo no país. Nessa área, a empresa se saiu melhor no trimestre e conseguiu aumentar o volume dos alimentos vendido no país em "um dígito médio". O volume total de alimentos da PepsiCo na América Latina cresceu 1% e a receita avançou 9%, para US$ 2,11 bilhões, no trimestre.

Considerando os primeiros seis meses do ano, o volume de bebidas vendidas no Brasil caiu "um dígito alto". Na América Latina, tal conta ficou estável, impactado pela queda no país, informa o documento.

Considerando todo o continente (incluindo EUA e Canadá), a venda de bebidas recuou 3% em volume, e a receita caiu 1% em seis meses, para US$ 9,68 bilhões, em comparação com 2012.

Já em alimentos, o volume vendido no Brasil cresceu "um dígito baixo" no período.

Na América Latina, as vendas de alimentos cresceram 1% em volume e 9% em receita, para US$ 3,49 bilhões no semestre.

A PepsiCo informou que a depreciação de algumas moedas - incluindo o real - em relação ao dólar é um dos riscos para o negócio que podem afetar a empresa no futuro. Além do real, a companhia cita o bolívar venezuelano, o rublo russo e o peso egípcio. O impacto da desvalorização dessas moedas foi parcialmente compensado pela valorização do peso mexicano.



veículo: Valor Econômico


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