Poucos sabem, mas a tradicional fabricante da sidra Cereser iniciou suas atividades no mercado brasileiro de bebidas como Indústria de Vinhos Santa Isabel, em 1926.
A produção artesanal de vinhos era feita pela família do fundador, Massimiliano Cereser, em um sítio em Jundiaí (SP). Os negócios cresceram, mas, com a redução no cultivo da fruta na região, a empresa reviu a sua estratégia. No fim da década de 1960, lançou a sidra Cereser, que se tornou líder de mercado.
Mas a recente alta da renda e mudanças no perfil de consumo levaram a Cereser a traçar novos planos para a atividade que a originou.
Segundo José Fontelles, diretor comercial da Cereser, a empresa está finalizando um investimento de R$ 2,5 milhões na produção de vinhos finos e espumantes, em um modelo de parceria com a Cooperativa Vinícola São João, que atua há 80 anos em Farroupilha, na serra gaúcha.
O valor foi aplicado na compra de uma nova linha de produção de vinhos, na modernização da estrutura da cooperativa e em distribuição.
A Cereser já atua timidamente no mercado de vinhos finos, mas a produção é terceirizada, o que limitava a expansão. "Com a produção nesse modelo de parceria, ganhamos competitividade", afirma Fontelles.
Além de buscar um novo público, com a produção de vinhos finos a Cereser também pode reduzir a sazonalidade de suas vendas --o consumo de sidra está muito mais ligado às festividades de final de ano do que o de vinhos finos ou de espumantes, segundo Fontelles.
Os novos produtos chegam ao consumidor em setembro, com preços de R$ 10 a R$ 20 no Estado de São Paulo.
Veículo: Folha de S. Paulo