Importadora busca nova imagem para caipirinha de grappa

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Caipirinha de grappa, já ouviu falar? Não? Normal, quase ninguém conhece. A grapparinha, como está sendo chamada, é um drinque ainda restrito a pouquíssimos bares paulistanos e deve continuar assim durante um tempo. Não se espera dela a popularidade da caipirinha ou da caipiroska. Na verdade, a ideia de utilizar a aguardente italiana feita com bagaço de uva para produzir o festejado drinque nacional é parte de uma tentativa de difundi-la aqui entre o público jovem. Tradicionalmente servida pura na hora do café, ao final das refeições, a grappa não só é pouco consumida pelos brasileiros como tem uma imagem associada a pessoas mais velhas.

"O nosso desafio é buscar um público aberto a novas formas de consumo", diz Alexandre Fadel, diretor executivo da importadora MaxBrands, que acaba de colocar a marca Nardini, produzida no Vêneto, em seu portfólio de bebidas. "Utilizar a grappa em drinques é novidade por aqui. Por enquanto, ninguém fez um investimento em comunicação nesse sentido. O que a gente vai fazer é extrapolar o núcleo de restaurantes onde ela jáé vendida - Fasano, Domenico, Biondi, Piselli -, e ir para bares que podem trazer jovialidadeà bebida."

Fadel acredita que a grapparinha e o café correto (café expresso com 1/4 de grappa) serão as formas mais aceitas de consumo. Até porque o teor alcoólico elevado, entre 40 e 50º, se presta bem à mistura. O café correto, por exemplo, é algo que com a difusão de máquinas de café domésticas pode perfeitamente ser preparado em casa. Razão pela qual a distribuição da Nardini está deixando de ser restrita a empórios e delicatessens finas e chegando às prateleiras de grupos como o Pão de Açúcar.

O consumo de grappa no país é muito pequeno: 500 caixas por ano. Motivo que leva Fadel a não ter grandes ambições. Em termos. "Minha meta é conquistar 0,5% do mercado de vodcas super premium no primeiro ano e 1% em três anos. Como é um mercado de 100 mil caixas/ano, se eu conseguir pegar 1% já terei dobrado o consumo atual de grappa", afirma Fadel. Claro que o foco são pessoas de alto poder aquisitivo. Os preços da grappa Nardini começam em R$ 156 (Bianca) e chegam a R$ 440 (Riserva 15 Anni).



Veículo: Valor Econômico


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