Queda no consumo das famílias afeta setor de bebidas

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Faturamento caiu 6,12% entre janeiro e dezembro.


 
O agravamento da crise e a conseqüente queda no consumo das famílias prejudicaram os negócios da indústria de bebidas do Estado. Em janeiro deste ano, o faturamento do setor em Minas Gerais recuou 13,95% na comparação com igual mês de 2008 e 6,12% em relação a dezembro. As informações são do superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindibebidas-MG), Cristiano Lamego.

 

Segundo Lamego, o acréscimo anual médio de 18% nas vendas do verão - típico do período devido ao calor, festas de final de ano e férias - ainda não foi percebido nesta estação. "O consumidor comprou menos. A crise de confiança comprometeu o resultado da indústria de bebidas", enfatizou Lamego.

 

Com a diminuição da demanda, as horas trabalhadas foram 7,78% menores em janeiro na comparação com dezembro. Já a massa salarial teve redução de 32,16% na mesma base de comparação. Para o superintendente, no entanto, o primeiro susto já teria passado. "Em janeiro, a crise afetou mais o setor, pois os consumidores estavam com medo. Agora, a partir de março, devemos recuperar o fôlego", ponderou.

 

Para Lamego, março ainda é um mês com temperaturas altas e, além disso, não terá feriados, o que trará uma boa referência de como será o primeiro semestre de 2009 para a indústria de bebidas. "A perspectiva para 2009 é de crescimento", afirmou, sem revelar números. Isso porque, para ele, o consumidor mineiro não deixará de comprar.

 

Apesar da queda neste início de ano, Lamego informou que, por enquanto, não há dados sobre demissões no segmento. "As indústrias continuam investindo em aumento de produção, que será colocado em prática ao longo de 2009", disse. Segundo ele, Minas Gerais acompanhou o comportamento da indústria de bebidas no país. O que se pode notar, acrescentou, é uma migração dos consumidores de cervejas para bebidas destiladas.

 

Em 2008, nem mesmo a aplicação da Lei Seca e os efeitos da crise global no segundo semestre impediram a expansão de cerca de 14% da indústria de bebidas mineira na comparação com 2007. Conforme já divulgado no DIÁRIO DO COMÉRCIO, o crescimento foi diretamente ligado ao aumento da renda da população nos últimos anos.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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