Bebida gelada é carro-chefe de redes

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No ramo de alimentação, as bebidas geralmente complementam cardápios. Mas já existem redes que fazem de algumas versões diferenciadas desses produtos o carro-chefe do seu negócio.

 

As inspirações têm origem em tendências já consolidadas fora do Brasil, em especial nos Estados Unidos e na Europa. Franqueadores que optaram por esse nicho normalmente trabalham com bebidas do tipo frozen (de consistência semelhante à de flocos de gelo). Há quem se tente aproveitar da maior busca pelo consumo de alimentação saudável (com itens à base de iogurtes e frutas, por exemplo) e também quem explore combinações que incluem café ou dezenas de opções de sabores para o tradicional milk shake.
 


No franchising brasileiro, as experiências pioneiras no segmento de bebidas geladas têm cerca de dez anos. As marcas estão em pleno processo de expansão, e, simultaneamente, aprimoram os fundamentos que norteiam o negócio – ônus comum aos pioneiros. O crescimento inicial sempre pressupõe ajustes, de logística de abastecimento, mix de produtos, fornecedores e de estrutura de apoio à rede, entre outros requisitos que o candidato a franqueado deve observar. Aderir a uma das marcas requer de R$ 70 mil e R$ 320 mil, conforme o formato das lojas que serão montadas.

 

Inspiração
 


A marca paranaense Jungle Juice, criada há sete anos por Alexandre Prosdócimo, optou pelo restaurante temático, inspirado nas florestas tropicais. Ali, o carro-chefe são os smoothies (densa combinação de frutas, que são batidas com suco de frutas ou iogurte, entre outras possibilidades).
 


"Morei na Califórnia e vi que o consumo de produtos que ajudam a manter a saúde já era uma tendência. Nos Estados Unidos existem algumas redes do gênero com 700 lojas. Lá, o conceito está consolidado há mais de dez anos", afirma. Aqui, analisa, o mais comum é encontrar sucos e as bebidas frozen,  à base de iogurte e cobertas com frutas. O cardápio da Jungle Juice também oferece sucos, sanduíches, opções para almoço e jantar e bufê de sopas no inverno, acrescenta o executivo.

 

Adepta do sistema de franchising há três anos, a marca opera com cinco restaurantes de rua e um projeto-piloto de quiosque, concebido para operar como extensão da unidade padrão. Em 2010, a Jungle Juice terá a versão loja, para  shoppings centers. Prosdócimo cita São Paulo "principalmente a capital", como uma das praças prioritárias para seu projeto de expansão.
 


O executivo estima que possa ter 150 unidades em um prazo de cinco anos, mas a curto prazo planeja abrir seis lojas. A franquia exige investimento entre R$ 120 mil e R$ 320 mil, fora o custo do ponto e, em São Paulo, terá como concorrente os quiosques da Mango Smoothies, marca fundada em 2006 e adepta do franchising desde o ano passado.

 

"Tropicalização"

 

Atentos ao potencial desse mercado, os empresários Francisco Lee e Bruno Soo Huh trouxeram para o Brasil, como master-franqueados, o frozen-yogurt da multinacional coreana Yogurberry. Criada há nove anos, a marca opera com 100 unidades, espalhadas por dez países, incluindo a loja aberta neste ano, em São Paulo – piloto para a "tropicalização" do negócio, que acaba de ser concluída pela Vecchi & Ancona. O consultor Paulo Ancona informa que o negócio requer investimento de R$ 265 mil.
 


A Yogurberry tem espaço reservado para uma segunda loja em São Paulo, no Shopping Anália Franco, e já divulgou intenção de abrir cinco lojas até dezembro.  Na capital, disputará espaço com a fluminense quase homônima Yogoberry,  com área reservada para entrar em dois centros de compras da cidade.

 

Fora dessa disputa, a Ice Café Company aposta nas bebidas frozen à base de café, chocolate e polpas de frutas, comercializados em lojas que se espelham no ambiente das cafeterias e em quiosques.
 


A criadora do negócio, Elizabeth Grossman, ex-executiva da Sara Lee, mantém escritórios na Bahia e em São Paulo. A proposta é concentrar o trabalho no Nordeste e no eixo Rio-São Paulo. Hoje, Elizabeth atua com seis unidades e até o final do ano deverá abrir mais dez, uma delas na capital paulista. O investimento inicial varia de R$ 70 mil a R$ 200 mil, conforme o formato.
Entre as franquias que têm as bebidas geladas como carro-chefe, ainda há as que se dedicam ao milk shake. A Mil-Milkshakes, criada em 2005 em Valinhos (SP), é uma delas. A sócia-diretora, Ana Paula Cedran, conta que a adesão ao franchising ocorreu dois anos depois. "Pensávamos em vender oito franquias em 2008 e fechamos o ano com 30 em operação", afirma.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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