Pouco depois de anunciar o patrocínio à equipe de Fórmula 1 Brawn GP, em que corre Rubens Barrichello, o empresário Walter Faria, dono da cervejaria Petrópolis, voltou a ver seu nome envolvido em problemas com a Justiça. Em 2005, Faria foi preso durante a Operação Cevada, da Polícia Federal, que apurava irregularidades fiscais na Schincariol, da qual ele era distribuidor. Mais recentemente, voltou a ser investigado na Operação Avalanche, por suposto envolvimento com o publicitário Marcos Valério em atividades ilícitas.
Agora a Justiça do Rio de Janeiro acatou uma denúncia feita pelo Ministério Público fluminense contra Faria e executivos da Petrópolis, incluindo seu sobrinho e braço direito Cleber Faria. A acusação é bem mais leve do que as anteriores: práticas lesivas e abusivas contra o consumidor. De acordo com a promotora de Justiça Márcia Velasco, as propagandas da Petrópolis, dona das marcas Itaipava e Crystal, destacando a proteção do selo de alumínio de suas latas, induzem o consumidor a erro. A promotora cita estudos que mostram que o selo não protege a embalagem de contaminação. Se condenado, Faria pode ser multado e até voltar para a prisão. Em nota, a Petrópolis afirma que é alvo de ataques concorrenciais.
Veículo: Revista Exame