Com a consolidação do repasse dos custos das matérias-primas para os preços de suas carnes exportadas, ao mesmo tempo em que as cotações do milho e da soja perderam força em relação às máximas atingidas neste ano, a Perdigão prevê melhora nas margens de lucro de suas exportações no segundo semestre.
Reforçada por receita semestral de R$ 5,3 bilhões, após oito aquisições em dois anos, a empresa afirma estar mais bem posicionada do que seus concorrentes internacionais para enfrentar os custos ainda pesados e a crise global de crédito, disse o diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Leopoldo Saboya.
compressão. "A absorção de custos para a Perdigão foi mais fácil do que para os outros competidores. Para a Perdigão, houve compressão de margens (no 1o semestre), enquanto as empresas americanas, os nossos principais concorrentes em carnes de aves e suínos, não tiveram margens ou tiveram prejuízos", afirmou Saboya, observando que a inflação de alimentos atingiu menos as empresas brasileiras, que contam com matérias-primas a valores mais competitivos.
Essa competitividade é uma das explicações para a maior empresa de carnes do mundo, a americana Tyson Foods, ter aportado recentemente no Brasil, país que lidera as exportações mundiais de carne de frango. A vantagem não impediu que a Perdigão tivesse no primeiro semestre aumentos de preços para seus produtos aquém da elevação nos custos.
Mesmo com a compressão de margens, a companhia registrou crescimento de dois dígitos em seu Ebitda no semestre, de 25,4%, para R$ 419,6 milhões, com vendas no mercado externo de R$ 2,36 bilhões e de R$ 3,73 bilhões no doméstico, altas semestrais de 55% e 81%, respectivamente.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ