Aumento da demanda interna no início deste mês e recuo da oferta melhoram cenário para pecuaristas
O mercado do boi gordo segue firme em praticamente todas as praças de negociação. Diante do aumento da demanda dos frigoríficos para atender a maior procura do início do mês, os preços tendem a manter a trajetória de alta iniciada na semana passada, já que a disponibilidade de animais prontos para o abate está recuando. Sem os animais dos confinamentos próprios e com o volume de contratos a termo se reduzindo, as indústrias estão sendo obrigadas a buscar no mercado animais para abater e fechar as escalas.
Dentro desse cenário, as empresas estão reajustando os preços para conseguir lotes maiores ou pelo menos mantendo os mesmos patamares para fechar negócios. Analistas estimam que, no decorrer deste mês, a oferta de animais confinados deve cair ainda mais, ou seja, não será surpresa ver algumas praças reajustando para cima os valores da arroba. Na segunda-feira, em São Paulo, o preço-balcão estava em R$ 91/arroba, mas era possível identificar negócios sendo fechados por R$ 92.
Aliado ao cenário de demanda interna aquecida e oferta restrita, os frigoríficos exportadores acreditam em aumento dos volumes exportados para os últimos três meses do ano, seguindo o movimento registrado em setembro. Com o aumento do número de fazendas habilitadas para vender para a União Européia, as exportações para o bloco estão aumentando. "Este fator é consistente e manterá firme o preço da arroba visto que, por menor que seja a demanda européia, é demanda nova, num mercado de pouco boi", afirma um corretor.
Veículo: O Estado de S.Paulo