Redução de preços chegou a 14% e foi verificada entre diversas espécies
Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta queda no preço da maioria do pescado comercializado em Belém durante o mês de setembro, ao se comparar com a oferta de agosto. A redução foi verificada em outros meses, mas não superou o aumento acumulado em um ano. Conforme o levantamento, doze espécies tiveram redução de preços no mês. A traíra foi a que teve a maior queda, de -14,29%, seguida da sarda, com -13,38%, e a tainha, com -10,21%.
Os menores percentuais de queda foram do xaréu, dourada e curimatã, com reduções de 5,3%, 3,04% e 3,01%, respectivamente. Outras sete espécies tiveram os preços elevados no mês passado. O tucunaré liderou a lista dos encarecidos, com aumento de 28,53%, e a gurijuba teve o menor percentual, de 4,7%. Entre o limite máximo e mínimo ficaram alguns dos mais populares, como a pescada amarela (11,62%) e a pescada gó (7,78%).
Variações
O levantamento, feito semanalmente em dez mercados municipais da Grande Belém, revelou que a queda se manteve no primeiro semestre deste ano. Houve variação das espécies com as maiores reduções. A corvina, por exemplo, aparece com o maior percentual: 30,56%. O cação teve o menor: 3,77%. No mesmo período, de janeiro a setembro deste ano, foi verificado crescimento do preço médio de outras espécies. Aparecem na lista o tamuatá (66,01%), pirapema (56,8%), bagre (21,58%), arraia (18,11%) e gurijuba (7,51%).
Porém, quando o levantamento é estendido para o período de um ano, o Dieese verifica aumento considerável da maioria do pescado. Os percentuais ficaram muito acima da inflação estimada para o período, de 7,5%, segundo o instituto. Algumas espécies tiveram aumento de mais da metade do preço, como o bagre (56,25%) e a arraia (54,64%). O tamuatá também teve aumento expressivo, com o quilo sendo vendido a preço 49,26 % mais caro em setembro deste ano que em setembro do ano passado.
Em um ano, as espécies que apresentaram as quedas mais expressivas foram a traíra (50%) e a pratiqueira (17,8%). Tainha, corvina, pescada gó, pescada branca e sarda foram outras que tiveram os preços médios rebaixados.
Veículo: O Liberal - PA