Abate foi reduzido de 60% para 38% nos últimos dois anos em Minas Gerais.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) está intesificando fiscalizações por todo o Estado para reduzir o comércio de carne clandestina. De acordo com o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, são 47 frigoríficos inspecionados preventivamente em Minas Gerais, além de caminhões que transportam o produto, para manter a margem de redução no abate clandestino no Estado que foi reduzido de 60% para 38% nos últimos dois anos.
Segundo o diretor atualmente os frigoríficos mineiros contam com fiscalizações federal, estadual e municipal e chegam a abater uma média entre de 55% e 60% da carne produzida em Minas. "Temos que comemorar a redução do abate de carne clandestina no Estado. O trabalho realizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (Seapa), IMA e Ministério Público Estadual (MPE) para coibir também o comércio clandestino de carne está se mostrando eficaz", afirmou.
O diretor ressaltou que ainda falta muito para que ações como essa sejam banidas de uma vez por todas em Minas. "São 853 municípios no Estado e os frigoríficos contam com muitos fornecedores. Mas é um problema que vem sendo combatido e está envolvendo toda cadeia para que consigamos melhorar esse cenário no Estado", ressaltou Rodrigues Neto.
Cultura - De acordo com o dirigente, em parte, o comércio clandestino pode ser atribuído tanto à cultura quanto a falta de estabelecimentos registrados que pecam nos processos técnicos e profissionais, sem garantir a qualidade dos alimentos. "A alegação dos frigoríficos é que os tributos como o Programa de Integração Social e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), cerca de 4,5% sobre o faturamento bruto da empresa, favorece a clandestinidade", destacou.
Caso fosse possível uma redução desses tributos, Rodrigues Neto acredita que seria uma boa medida para facilitar a entrada de frigoríficos clandestinos no mercado formal, reduzindo o número de incidências no Estado. Em Minas, são 47 médicos-veterinários e 94 auxiliares atuando diretamente nos abatedouros. Sem contar outros 60 técnicos que trabalham na fiscalização de leite e derivados.
Para Rodrigues Neto, a redução de abte clandestino no Estado está sendo feito aos poucos, de acordo com o surgimento dos casos, visando coibir o comércio deste produto que consegue escapar da fiscalização sanitária.
Na última semana, na região do Rio Doce, foram apreendidas 6 toneladas de carne suína clandestina e, em Cataguases, na Zona da Mata Mineira, mais uma tonelada de carne bovina.
Veículo: Diário do Comércio - MG