BRF Brasil Foods, Aurora e Marfrig serão comunicadas que poderão vender para os Estados Unidos.
A BRF Brasil Foods, a Aurora e a Marfrig serão comunicadas até o final desta semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que duas plantas de cada uma delas serão indicadas pela Pasta como as primeiras unidades aptas a exportar carne suína para os Estados Unidos. A informação é de uma fonte ligada a todo o processo de liberação do mercado norte-americano para a carne brasileira.
O Ministério da Agricultura informou, na terça-feira passada, que, inicialmente, seis unidades de três empresas localizadas em Santa Catarina seriam liberadas para exportar para os EUA. Trata-se do único Estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação.
Na ocasião do anúncio, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Luiz Carlos de Oliveira, disse haver potencial de dez unidades autorizadas até o final do ano. A lista oficial das plantas deverá ser publicada apenas na semana que vem, conforme informou o Mapa.
Por causa do status diferenciado com relação à febre aftosa, Santa Catarina poderá vender carne suína in natura. Os demais estados que são livres da doença, mas ainda precisam vacinar o rebanho, poderão vender apenas carne processada. Além de autorizar a compra dessa carne, os Estados Unidos liberaram também o governo brasileiro a indicar quais as unidades estão aptas a fazer a comercialização.
Com o aval norte-americano, conhecido como comprador exigente, a expectativa é que outros mercados abram as portas para o Brasil ainda neste ano. A principal aposta é a Coreia do Sul. Com grande mercado doméstico e considerado um player mundial, os Estados Unidos compram, mas também vendem carne de porco.
Lista - O Mapa anunciou que até a próxima semana sairá lista oficial com as seis plantas, de três empresas, localizadas no Estado catarinense, que estarão habilitadas a começar a vender para os Estados Unidos. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, afirmou que essas empresas já foram selecionadas e receberão um comunicado ainda nesta semana.
Apesar de importarem grande quantidade de carne suína, os Estados Unidos também exportam, o que pode dificultar aos produtores brasileiros conseguir exportar grandes volumes para o país. No entanto, segundo especialistas do mercado, o reconhecimento norte-americano pode ajudar a derrubar barreiras nas negociações, que já duram anos, com dois dos maiores importadores mundiais de carne suína: o Japão e a Coreia, mercados de mais de US$ 1 bilhão em importações do produto.
"Os Estados Unidos permitiram que nós escolhêssemos as plantas frigoríficas. Não tem limite de indústrias. Podemos indicar quantas atenderem os requisitos. um voto de confiança", disse Luiz Carlos Oliveira.
Veículo: Diário do Comércio - MG