Pela primeira vez em sua história a China tem mais habitantes nos meios urbanos do que no campo.
A segunda economia do mundo já conta com cerca de 700 milhões de pessoas nas cidades.
Trata-se de um mercado e tanto para uma nação exportadora de alimentos, como o Brasil.
Os embarques de carne de frangos e de suínos são crescentes e motivam as indústrias a firmar parcerias locais para entender o mercado chinês e facilitar sua entrada.
A avicultura abriu essa fronteira e os números demonstram que há potencial de crescimento. Várias plantas brasileiras já estão autorizadas a exportar, o que confirma o otimismo.
A suinocultura conquistou o direito de vender à China somente em 2011, após visita da presidente Dilma Rousseff. O primeiro embarque ocorreu em novembro passado e há poucas plantas industriais credenciadas.
Mas a expectativa de evolução nas vendas também motiva as empresas e o governo brasileiro.
Com a pecuária de corte, o processo não está tão rápido e os números ainda decepcionam. Segundo dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 2011 o Brasil exportou em torno de 3.000 toneladas de carne bovina para a China, arrecadando menos de US$ 10 milhões.
Considerando que o balanço setorial do ano apresentou venda externa de 1,1 milhão de toneladas e receita total superior a US$ 5,3 bilhões, a China ainda representa muito pouco para as exportações brasileiras de carne vermelha.
A análise histórica das vendas para aquele país nos últimos cinco anos não denota avanço considerável.
Em 2007, o Brasil exportou 429 toneladas equivalente-carcaça.
No período (2007-2011), o crescimento foi de seis vezes, mas ainda acanhado perto dos números dos nossos principais parceiros.
A cadeia produtiva espera avanços em curto prazo. E trabalha para fornecer aos exportadores uma matéria-prima de padrão superior.
Afinal, são inequívocas as conquistas em termos de qualidade, genética, manejo, nutrição e saúde animal da nossa pecuária.
Veículo: Folha de S.Paulo