O momento atual no setor de confinamento de bovinos ainda é preocupante devido à queda no preço da arroba. A relação de troca entre boi gordo, bezerro, garrote e boi magro vem piorando.
Ou seja, o preço de compra do garrote ou do boi magro ainda está em patamares altos para o pecuarista fazer sua reposição. A queda no valor da arroba pode não deixar margem ao pecuarista quando o animal estiver pronto para o abate.
A avaliação é de Eduardo Alves de Moura, presidente da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores). Segundo Moura, o quadro atual aponta para uma relação de troca muito onerosa para os pecuaristas que se dedicam à engorda intensiva.
Além disso, há a necessidade de confinar mais por falta de pastagens disponíveis.
Quanto à projeção de confinamento, Moura afirma que a expectativa é que o setor cresça 15%, podendo chegar a 4 milhões de cabeças em engorda intensiva.
Em 2011, foram 3,5 milhões de cabeças, conforme informações do anuário estatístico da FNP e do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).
Um dos principais motivos de crescimento é a degradação das pastagens e a adesão cada vez maior de pequenos confinadores à atividade, com rebanhos de engorda com perfil entre 200 e 1.000 cabeças, suprindo demandas regionais, em contrapartida às grandes unidades que trabalham com contratos futuros de entrega para as principais indústrias.
Veículo: Folha de S.Paulo