Perdas entre os produtores do Oeste podem chegar a 2,8 mil toneladas
Até o tradicional peixe da Semana Santa está ameaçado pela estiagem que atinge 112 cidades de Santa Catarina.
De acordo com o pesquisador da Epagri de Chapecó responsável pela área de piscicultura, Jorge de Matos Casaca, as perdas variam entre 30% e 40% na região Oeste, responsável por 25% da produção estadual.
As perdas devem somar entre 2,1 mil e 2,8 mil toneladas. O pesquisador da Epagri explica que a falta de chuva baixou o nível dos açudes e, pela redução do espaço, os peixes não se desenvolveram. Além da perda de volume, 30% dos 10 mil piscicultores do Oeste nem vão retirar os peixes para não ficar com o reservatório de água vazio. As perdas são maiores nas espécies de carpas.
O piscicultor Euclides Menegatti pretendia vender 15 toneladas e vai conseguir 12 toneladas. O prejuízo é estimado em até R$ 20 mil.
— Faltou renovação da água e, com pouco oxigênio, os peixes não se alimentaram direito — explica.
O pesquisador Jorge sugere a adoção de políticas públicas para incentivar a construção de novos reservatórios na região, que poderiam ser utilizados para a piscicultura e ao mesmo tempo guardar água para os períodos de estiagem.
Veículo: Diário Catarinense - SC