Suíno: Argentina avalia cota

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Reunião entre representantes da indústria frigorífica e do governo da Argentina terminou na sexta-feira sem estabelecer uma cota de importação de suínos, mas com o aceno oficial para reabrir o mercado do setor.

O secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, pediu aos representantes da indústria e dos produtores que discutam sobre o volume necessário de importação de suínos para abastecer o mercado doméstico e apresentem uma proposta ao governo, conforme relatou à Agência Estado uma fonte que participou do encontro. "Vamos fazer uma outra reunião ainda nesta tarde para começar a discutir o acordo que, provavelmente, será apresentado ao secretário na quarta-feira para que ele dê a resposta final", disse a fonte.

O importante, segundo ele, é que Moreno demonstrou estar disposto a autorizar a reabertura do mercado, fechado desde o dia 1º de fevereiro. "Vai abrir, mas teremos de cumprir uma série de requisitos e autolimitação de importação", disse a fonte, sem detalhar o volume que o governo estaria disposto a ceder. "Não chegamos a falar de volume. No ano passado, importamos 18 mil toneladas de carne suína sem osso e creio que teríamos uma redução de entre 30% a 40% desse volume", estimou a fonte.

"A tendência do acordo é de autolimitação das importações de carne e de não permitir a entrada de cortes inteiros, uma carcaça inteira ou meia carcaça de carne com osso, para favorecer a produção primária", acrescentou a fonte. O acordo vai autorizar a entrada de uma porção pequena de carne e volumes maiores de toucinho e recortes. "A importação será diretamente para a indústria e não poderemos importar cortes de carnes frescas para o varejo, tampouco de produtos elaborados", comentou.


Cota brasileira - Outra fonte que participou da reunião também avaliou a discussão como positiva. "Esteve tudo bem porque, finalmente, se começou a discutir o problema com quem decide, que é Moreno", disse. "Nós precisamos dessa reabertura e Moreno deu sinais de que vai aprovar o que for acertado entre os frigoríficos e os produtores", afirmou. O Brasil pediu uma cota de 3 mil toneladas, mas tudo indica que esse volume não seria atendido.

Em contrapartida, outra fonte que acompanha as negociações mostrou-se pessimista sobre se as negociações internas chegarão a ser positivas para os exportadores brasileiros. Explicou que não vai ter cota de 3 mil toneladas de carne por duas razões: primeiro, pela dificuldade do governo com a falta de dólares e o controle das importações, que deverá ser uma constante; segundo, que, apesar de o Brasil ser o primeiro exportador de suínos para a Argentina, com 80% das compras, não é o único. O Chile é o segundo exportador e também pressiona a Argentina para ter uma cota garantida das importações do país. (AE)

Reunião entre representantes da indústria frigorífica e do governo da Argentina terminou na sexta-feira sem estabelecer uma cota de importação de suínos, mas com o aceno oficial para reabrir o mercado do setor.

O secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, pediu aos representantes da indústria e dos produtores que discutam sobre o volume necessário de importação de suínos para abastecer o mercado doméstico e apresentem uma proposta ao governo, conforme relatou à Agência Estado uma fonte que participou do encontro. "Vamos fazer uma outra reunião ainda nesta tarde para começar a discutir o acordo que, provavelmente, será apresentado ao secretário na quarta-feira para que ele dê a resposta final", disse a fonte.

O importante, segundo ele, é que Moreno demonstrou estar disposto a autorizar a reabertura do mercado, fechado desde o dia 1º de fevereiro. "Vai abrir, mas teremos de cumprir uma série de requisitos e autolimitação de importação", disse a fonte, sem detalhar o volume que o governo estaria disposto a ceder. "Não chegamos a falar de volume. No ano passado, importamos 18 mil toneladas de carne suína sem osso e creio que teríamos uma redução de entre 30% a 40% desse volume", estimou a fonte.

"A tendência do acordo é de autolimitação das importações de carne e de não permitir a entrada de cortes inteiros, uma carcaça inteira ou meia carcaça de carne com osso, para favorecer a produção primária", acrescentou a fonte. O acordo vai autorizar a entrada de uma porção pequena de carne e volumes maiores de toucinho e recortes. "A importação será diretamente para a indústria e não poderemos importar cortes de carnes frescas para o varejo, tampouco de produtos elaborados", comentou.


Cota brasileira - Outra fonte que participou da reunião também avaliou a discussão como positiva. "Esteve tudo bem porque, finalmente, se começou a discutir o problema com quem decide, que é Moreno", disse. "Nós precisamos dessa reabertura e Moreno deu sinais de que vai aprovar o que for acertado entre os frigoríficos e os produtores", afirmou. O Brasil pediu uma cota de 3 mil toneladas, mas tudo indica que esse volume não seria atendido.

Em contrapartida, outra fonte que acompanha as negociações mostrou-se pessimista sobre se as negociações internas chegarão a ser positivas para os exportadores brasileiros. Explicou que não vai ter cota de 3 mil toneladas de carne por duas razões: primeiro, pela dificuldade do governo com a falta de dólares e o controle das importações, que deverá ser uma constante; segundo, que, apesar de o Brasil ser o primeiro exportador de suínos para a Argentina, com 80% das compras, não é o único. O Chile é o segundo exportador e também pressiona a Argentina para ter uma cota garantida das importações do país. (AE)

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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