Preços da carne suína estão em alta

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Mercado inicia fase de auge no consumo devido às festividades de final de ano.



O mercado suíno registrou cenário de poucas alterações na semana passada, com um quadro de negócios mais estabilizado, segundo avaliação da analista de Safras & Mercado Andreia Mariani. Ajustes pontuais foram registrados em algumas praças da região Sul do país, o que fez com que o preço médio pago pelo quilo vivo do suíno atingisse o valor recorde no ano e o mais alto desde dezembro de 2010, na casa de R$ 2,90.

Mariani destaca que o mercado caminha para um período auge no consumo devido às festividades de final de ano, o que gera uma perspectiva de novos reajustes de preço no decorrer de novembro.

Na exportação o desempenho registrado em volume foi bastante positivo, visto que dados de outubro indicaram embarques de carne suína in natura de 61,742 mil toneladas, com receita de US$ 166.39 milhões.

No que tange ao desempenho do ano, a expectativa é de um volume total embarcado de 560 mil toneladas, superando bem as 494 mil toneladas embarcadas no ano passado.

"Teremos um ano de recuperação nos embarques e de menor produção, Em setembro passado, por exemplo, a disponibilidade interna de carne suína teve queda de 11% frente ao mesmo mês do exercício anterior", avalia. "Sem dúvida teremos um cenário melhor neste ano, apesar dos custos ainda elevados, o que melhora o poder de compra do suinocultor", acrescenta.

Preços - A análise de preços de Safras & Mercado indicou que, em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 63,00, mesmo valor da semana passada. No Rio Grande do Sul, o preço evoluiu de R$ 2,55 o quilo para R$ 2,60 na integração e de R$ 2,70 para R$ 2,80 no interior. Em Santa Catarina o quilo vivo permaneceu em R$ 2,60 na integração.

No interior o quilo vivo passou de R$ 2,80 para R$ 2,90. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 2,90 no oeste do Estado, mesmo valor da semana passada. Na integração, o quilo vivo subiu de R$ 2,25 para R$ 2,40.

Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 2,00 na integração. Em Goiás o quilo seguiu em R$ 3,60. Em Minas Gerais o quilo vivo continuou em R$ 3,60 no interior. Em Mato Grosso o quilo vivo subiu cinco centavos e chegou a R$ 2,80 na integração. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve alta de 1,13% nesta semana, passando de R$ 2,87 para R$ 2,90.


Exportação cresceu em outubro


O Brasil exportou 61,742 mil toneladas de carne suína em outubro, 33,64% a mais do que o volume exportado no mesmo mês de 2011. A receita alcançada totalizou US$ 166,39 milhões, um aumento de 23,04% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, as exportações da carne suína fecham outubro como o melhor mês do ano, tanto em receita, quanto em volume, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

O preço médio do produto no mês passado, no entanto, sofreu redução de 7,94% em relação a outubro de 2011. No acumulado de janeiro a outubro, o Brasil exportou 489.927 toneladas e obteve receita de US$ 1,25 bilhão. Houve elevação nas vendas externas de 12,25% em volume e de 4,48% em valor, na comparação com igual período de 2011.

De acordo com a Abipecs, o principal destino da carne suína brasileira foi a Ucrânia, cuja participação nas exportações brasileiras de janeiro a outubro representou 24,01% em volume. Em seguida, ficou a Rússia, com 22,34%. Em termos de receita, a Rússia alcançou o primeiro lugar, com 25,02%, a Ucrânia ficou em segundo, com 24,14%.

Ao considerar apenas o mês de outubro, a Ucrânia liderou o ranking em volume, tendo respondido por 27,67% das exportações, e Hong Kong, por 17,8%. Em relação à receita, a Ucrânia ficou com a maior participação em outubro (26,58%), seguida da Rússia (19,20%).


Argentina - As vendas para a Argentina caíram em outubro e também no acumulado de janeiro a outubro, na comparação com os mesmos períodos de 2011. Com isso, o país saiu da lista dos cinco principais destinos da carne suína brasileira. Segundo o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, o declínio tem relação com as dificuldades de se obter autorização do governo argentino para o embarque da carne suína brasileira.

O Brasil exportou para a Argentina, de janeiro a outubro cerca de 19 mil toneladas, volume 43,32% inferior ao de igual período de 2011. A queda na receita chegou a 39,78%. Em outubro, as vendas para a Argentina caíram 43,67% na comparação com o mesmo mês do ano passado.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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