A pecuária brasileira ganha produtividade, ocupa menos área, mas produz mais carne. É o que mostram dados da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Estado líder na produção de carne bovina.
A pecuária de Mato Grosso elevou a taxa de ocupação para 1,17 animal por hectare no ano passado, 63% mais do que há 16 anos. Apenas nos últimos quatro anos, a taxa de ocupação cresceu 16%.
Nesse período, o rebanho do Estado cresceu 12%, subindo de 26 milhões para 29 milhões de animais. Já a área destinada à pastagem caiu para 24,9 milhões no ano passado, uma redução de 864 mil em relação a 2008, conforme dados da Acrimat.
Luciano Vacari, superintendente da associação mato-grossense, destaca, no entanto, que "tudo isso não seria completo sem um aumento da produção de carne, o que ocorreu". Em 1997, cada animal macho produzia 16,5 arrobas. No ano passado, a produção já era de 17,8 arrobas, um aumento de 8%, segundo ele.
O aumento de produtividade e consequente ocupação melhor das áreas de pastagens permitiram que a atividade deixasse de desmatar 17 milhões de hectares em 16 anos, segundo a Acrimat.
Na avaliação de Vacari, esse ganho de produtividade ocorreu devido aos investimentos dos pecuaristas em tecnologia, principalmente nos cuidados com pastagens e no melhoramento genético.
Os dados de área ocupada pela pastagem no Estado vieram do cruzamento de imagens da Nasa com os do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial). Até 2005, a área ocupada pela pecuária cresceu, se mantendo estável até 2008, quando iniciou o período de queda.
Veículo: Folha de S.Paulo