Meta é aumentar parcerias e certificar todas as etapas de produção, da criação do animal à chegada da carne no varejo
Com o aumento do consumo de carne no país, criadores de animais da raça angus buscam na ampliação da certificação a saída para atrair consumidores. A partir de um exemplo já aplicado em parceria com a Cooperaliança, no Paraná, a proposta é certificar todas as etapas, da criação do animal até a chegada da carne no varejo.
Desde abril, a cooperativa paranaense, que abate 1,1 mil cabeças de gado por mês, distribui a produção para seis estabelecimentos comerciais da região dos criadores.
– A demanda é maior do que a capacidade – afirma o presidente da Cooperaliança, Edio Sander.
A ideia é ampliar parcerias como esta em outros Estados, afirma o presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques:
– Queremos que em vez de chegar no açougue e pedir um quilo de carne, peça um quilo de carne angus. O consumidor precisa saber que por trás daquele selo existe um trabalho de técnicos garantindo que é um produto diferenciado.
Exemplos de outros países também estiveram em debate no Congresso Brasileiro de Angus, realizado até ontem na Capital.
– Damos um prêmio baseado nos rankings de classificação dos Estados Unidos. Pagamos até 5% do preço do boi ao produtor que cumprir essas metas – disse Steve Olson, presidente da American Angus Association.
No Brasil, o programa Carne Angus Certificada, criado em 2003, oferece até 9% sobre o valor do animal que cumprir as exigências do produto. Em 2011, o abate chegou a 183 mil cabeças, e a meta para este ano é se aproximar de 250 mil unidades.
Veículo: Zero Hora - RS