Com a oferta de boiadas dando condições para escalas de abate confortáveis, aos poucos a pressão baixista tem surtido efeito. Os preços no mercado do boi gordo recuaram nos últimos dias. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a referência para o animal terminado está em R$ 97,00 a arroba (15 quilos), à vista, e R$ 98,50 por arroba, a prazo.
As tentativas de compra abaixo destes valores aumentaram em relação aos dias anteriores.
As programações de abate estão bem heterogêneas e atendem, em média, cinco dias úteis. Existem frigoríficos fora dos negócios, o que mostra, de certa forma, uma menor necessidade de compra de matéria- -prima em curto prazo.
Houve recuos em quase todas as praças vizinhas de São Paulo. As recentes chuvas em Marabá (PA) animam os pecuaristas em relação à qualidade das pastagens.
No atacado de carne bovina com osso, as cotações ficaram estáveis. As vendas nos últimos dias foram fracas e os estoques das indústrias estão abastecidos. A expectativa é de que a demanda dê sinais de melhora nos próximos dias.
Maior preço desde 2010
Já a arroba suína, em são Paulo, fechou novembro cotada a R$ 69,00, valor 4,5% maior em relação ao do mesmo período da semana anterior.
O preço é o maior desde outubro de 2010, em valores nominais, segundo levantamento da Scot Consultoria. O suinocultor está recebendo 23,2% mais do que em relação ao mesmo período do ano passado.
No atacado, o quilo do suíno ficou cotado a R$ 5,60, o mesmo valor da semana anterior. Em relação ao mesmo período de 2011, a valorização foi de 19,1%. No varejo, o quilo da bisteca subiu 7,2%, ficando cotada a R$ 10,44, em São Paulo. Valorizações ao longo da cadeia devem continuar acontecendo no varejo, principalmente em virtude do maior consumo, e na granja, devido à oferta comedida.
Recorde do frango
As cotações do animal vivo, da carne e dos cortes atingiram os maiores patamares da série histórica do Cepea, iniciada em 2004, em termos nominais. Segundo colaboradores do Cepea, o impulso tem vindo da menor oferta de animais e também da demanda, que se mantém aquecida mesmo com o repasse das altas do frango vivo.
Vale lembrar que os custos de produção seguem elevados. No mercado de cortes resfriados, atacadistas comentam que a procura está bastante aquecida especialmente por peito de frango e filé de peito. Um dos motivos é o aumento do poder aquisitivo com o recebimento da primeira parcela do 13° em novembro, além das temperaturas mais elevadas neste período do ano.
Veículo: DCI