Japão proíbe importação de carne bovina do Brasil

Leia em 1min 40s

Decisão veio após confirmação da presença da proteína do agente causador da doença da vaca louca (EEB) em animal que morreu em fazenda no Paraná


O Japão proibiu neste sábado a importação de produtos de carne bovina vindos do Brasil após a confirmação da presença da proteína do agente causador da doença da vaca louca (EEB) em uma fêmea que morreu em dezembro de 2010 numa fazenda de Sertanópolis, no Paraná, segundo autoridades do governo japonês.

De acordo com o ministério da saúde do Japão, é a primeira proibição de importações de carne bovina devido à doença, oficialmente conhecida como encefalopatia espongiforme bovina, desde dezembro de 2003, quando as importações de carne bovina dos Estados Unidos foram restringidas.

Para o Japão, o impacto da proibição deve ser limitado. Em 2011, o país importou do Brasil apenas 1.400 toneladas de produtos de carne bovina, o que representa 0,3% do total adquirido pelo Japão do exterior, segundo as autoridades japonesas.

O governo do Japão foi notificado da confirmação no sábado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A vaca onde foi encontrada a proteína, de 13 anos, teve morte súbita e não apresentou os sintomas da doença, como perda gradativa do controle motor. As autoridades japonesas disseram ter solicitado ao Brasil detalhes sobre o caso. As informações são da Dow Jones.

Risco insignificante

O governo brasileiro afirmou na última sexta-feira que estava preparado para contestar as possíveis restrições às exportações de carne relacionadas à confirmação da presença da proteína do agente causador da doença da vaca louca. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques Pereira, destacou que, caso houvesse "decisão precipitada de algum país", o Brasil primeiro iria dar as explicações bilaterais e, se as argumentações não forem suficientes, pediria a aplicação do acordo sobre medidas sanitárias da Organização Mundial de Comércio (OMC), podendo até recorrer a um painel.

Pereira afirmou ainda que todo histórico da ocorrência foi repassado à OIE, que enviou ofício ao governo brasileiro mantendo o status de risco insignificante para EEB, a melhor classificação existente.



Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Japão barra carne brasileira após registro de agente da vaca louca

Governo descarta reação em cadeia, mas teme ação da Rússia, maior importador, e de pa...

Veja mais
Exportadores afirmam que o embargo russo continua

"A Rússia ainda não levantou o embargo a frigoríficos brasileiros. Ainda não temos nenhuma d...

Veja mais
Suinocultura melhora e supera as expectativas

Este ano foi um período de desafios para o setor de carnes, entre elas a suína. No primeiro semestre, a su...

Veja mais
Preço das carnes de Natal está mais caro em supermercados de Blumenau

Crise do milho elevou em até 29% o preço das aves, e em até 15% os cortes de suínos Quem qu...

Veja mais
Com escala confortável, preços do boi gordo recuam no mercado

Com a oferta de boiadas dando condições para escalas de abate confortáveis, aos poucos a press&atil...

Veja mais
Carne bovina busca retomada do mercado externo

Nos dez primeiros meses, embarques mineiros somaram US$ 280,7 milhões, receita 9,2% maior ante mesmo perío...

Veja mais
Criadores de angus querem ampliar modelo de certificação para atrair mais consumidores

Meta é aumentar parcerias e certificar todas as etapas de produção, da criação do ani...

Veja mais
Ibama libera produção de tambaqui em reservatórios

O governo federal autorizou ontem a criação de tambaquis em reservatórios de hidrelétricas n...

Veja mais
Exportação de carne bovina e suína aumenta

O volume exportado de carnes bovina e suína in natura cresceu em novembro ante o mesmo mês do ano passado, ...

Veja mais