As exportações de carne bovina do Brasil somaram US$ 5,769 bilhões em 2012, aumento de 7,33% ante a receita de US$ 5,375 bilhões registrada em 2011. Os dados foram compilados e divulgados na sexta-feira pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em comunicado, a entidade explica que o montante foi recorde na história das vendas externas da proteína, superando em 6,8% o resultado de 2008 - US$ 5,4 bilhões - mas ficou um pouco abaixo do previsto inicialmente, de US$ 5,8 bilhões.
"O resultado poderia ter sido ainda melhor, mas a conjuntura macroeconômica de recessão provocou uma ligeira diminuição no preço médio da carne exportada", disse a Abiec na nota. O preço médio praticado no exterior ficou em US$ 4.637,10 a tonelada, recuo de 5,34%. O maior porcentual de crescimento de receita foi de tripas, com avanço de 58,38%, para US$ 143,705 milhões.
A carne salgada somou US$ 28,613 milhões em receita cambial, alta de 11,07%; as peças in natura, US$ 4,493 bilhões, avanço de 7,81%; os industrializados, US$ 662,384 milhões, aumento de 2,96%. Já as exportações de miúdos tiveram queda de 1,45%, para US$ 441,818 milhões.
Já os embarques em volume no ano passado totalizaram 1,134 milhão de toneladas, crescimento de 13,39% ante 1,010 milhão de toneladas em 2011, em linha com as estimativas da Abiec. As vendas de tripas também apresentaram o maior crescimento porcentual, de 83,04%, para 25,970 mil toneladas, seguido de carnes salgadas (18,85%, para 4,407 mil toneladas); in natura (15,27%, para 861,372 mil toneladas); industrializados (4,33%, para 99,696 mil toneladas) e miúdos (0,99%, para 143,152 mil toneladas).
Compradores - Os maiores mercados da carne bovina brasileira em faturamento no ano passado foram Rússia (19%), Hong Kong (14%), União Europeia (14%), Egito (10%); Venezuela (8%), Chile (7%), Irã (6%), Estados Unidos (3%), Arábia Saudita (3%) e Líbano (1%).
A Abiec explicou que entre 2011 e 2012 o volume exportado cresceu em nove dos dez maiores compradores da carne bovina brasileira. "Houve recuo apenas no volume exportado para o Irã, com redução de 48%. As justificativas para esta queda estão relacionadas às questões políticas não a fatores comerciais ou sanitários", declarou a entidade.
Veículo: Diário do Comércio - MG