Frigorífico uruguaio vai abater mil cavalos por dia em Minas Gerais

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O frigorífico Prosperidad S.A., do Uruguai, anunciou que no máximo até junho vai reabrir sua unidade localizada em Araguari, no Triângulo Mineiro. No local voltará a ser feito o abate de até mil cavalos por dia, sendo toda a produção destinada a países europeus, principalmente Bélgica, Holanda, África do Sul e Japão.

O fechamento ocorreu em setembro do ano passado depois de focos da doença de mormo serem detectados no Parque de Exposições de Araguari, a 4 quilômetros do frigorífico. Norma da União Europeia não permite focos da doença a menos de 10 quilômetros do local do abate. A empresa resolveu então encerrar as operações no frigorífico que agora, com a situação já controlada, será reaberto.

A reabertura foi anunciada nesta semana, quando representantes da empresa uruguaia estiveram em Araguari e informaram a decisão à prefeitura local. A intenção é contratar os 130 funcionários dispensados no ano passado e abrir novas vagas em breve, com a ampliação da produção. A prefeitura da cidade informou que, além dos empregos oferecidos, a fábrica gera emprego indiretamente para outras empresas.

O mormo é uma doença infectocontagiosa que atinge os equinos, e que pode ser contraída também por cães, gatos e até mesmo pelo homem. No ano passado, em Araguari, a contaminação levou ao sacrifício de dois cavalos e ao confinamento, por um determinado período, de cerca de cem animais. A doença já teria desaparecido da cidade, e a representante da empresa uruguaia, Sandra Catharina Jorge, diz que está sendo solicitada junto ao Ministério da Saúde a inspeção necessária para a instalação do frigorífico.

O Parque de Exposições, foco da doença, foi vistoriado e liberado há pouco mais de três meses pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). No caso da empresa, a intenção é reabrir a unidade e de imediato retomar o abate não apenas de cavalos, como também de mulas, burros, e jumentos, entre outros animais.

O frigorífico, fundado há 52 anos, tem sede brasileira em São Paulo. Ele ocupa uma área de 78 mil metros quadrados e vinha processando em média 680 toneladas de carne de cavalo antes de fechar, mas reabre no momento em que o mercado ainda avalia o impacto do escândalo na Europa que envolve o uso de carne de cavalo no lugar da de gado em lasanhas por uma multinacional de alimentos. Em Araguari isso parece não preocupar, pois representantes do frigorífico demonstraram otimismo e até acenaram com a possibilidade de o número de funcionários chegar a 300.

A carne de cavalo é mais barata que a bovina, motivo da polêmica na Europa. Da carne equina produzida no Brasil, menos de 1% fica no mercado interno.




Veículo: DCI


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