Frango despenca na granja, mas queda demora para chegar ao consumidor

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O preço do frango continua em queda livre nas granjas, mas a redução demora para chegar ao consumidor.

Cotado a R$ 3 por quilo de ave viva no início de janeiro, o frango já mostra queda acumulada de 30% no ano. Ontem, os produtores amargaram mais uma redução no valor da comercialização, com o quilo diminuindo para R$ 2,10 nas granjas paulistas.

Esse cenário se repete nas granjas de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde a Jox Assessoria Agropecuária aponta preços de R$ 2,00 e R$ 2,50, respectivamente.

A queda no preço do frango na granja já refletiu na indústria de processamento. Os preços praticados atualmente, e cobrados do varejo, são 17% inferiores aos do início do ano, segundo um representante da indústria.

Já o consumidor paulistano ainda terá de esperar mais para se beneficiar dessa forte retração que o frango apresenta nos últimos meses.

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entidade que acompanha a evolução de preços em São Paulo, indica que os consumidores paulistanos pagaram 8% mais pelo frango no acumulado de janeiro a março.

Os preços, que iniciaram uma discreta queda no varejo no mês passado, aumentam o ritmo de queda neste. Nos últimos 30 dias terminados em 15 de abril, os valores médios caíram 4,7%, quando comparados aos de 15 de fevereiro a 15 de março, segundo aponta a Fipe.

Mas a tendência é de novas quedas, uma vez que o chamado índice ponta a ponta mostra retração mais acentuada. A comparação dos preços médios da segunda semana deste mês, em relação a igual período de março, já indica queda de 9% no varejo.


Aprovada a criação da maior empresa de carnes do mundo


O Cade também aprovou ontem a compra do frigorífico Bertin pelo grupo JBS, operação anunciada em 2010 que criou a maior empresa de carnes do mundo.

Para evitar concentração no abate e no comércio de carnes, o Cade determinou que as empresas terão de informar, pelos próximos 30 meses, todas as alterações feitas nos atuais empreendimentos ou em novos investimentos.

O conselho não exigiu, contudo, que as empresas vendam parte de suas unidades de abate, como chegou a ser cogitado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, da Fazenda, no ano passado.

Na discussão no plenário, foi apontado que a maior concentração, pós-fusão, ocorre em Mato Grosso, onde as empresas respondem juntas por 50% do mercado.

O Cade também aplicou multa de R$ 7,4 milhões às empresas pela não notificação de aquisições no decorrer do processo.



Veículo: Folha de S.Paulo


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