Atividade voltou a ser rentável.
Os preços pagos pelo frango vivo ao longo de julho deverão manter tendência de alta. A desvalorização do câmbio, o que torna as exportações vantajosas, é um dos principais fatores que irão estimular a cotação. Ao longo das próximas semanas o mercado estima que o quilo do frango vivo chegue a R$ 2,30.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a situação do setor avícola é favorável. Após enfrentar um longo período entre baixas e estabilidade dos preços, os valores voltaram a subir e a tendência é de manutenção dessa alta.
"Com a desvalorização do real frente ao dólar o setor avícola do país tende a priorizar as exportações, com isso a oferta no mercado interno fica mais ajustada ao consumo forçando a alta dos preços.
Em meados de junho, os preços pagos pelo quilo do frango vivo estavam estabilizados em R$ 1,90, valor próximo ou até mesmo inferior aos custos que produção, que variam entre R$ 1,90 e R$ 2,00 dependendo do processo produtivo de cada granja.
Desde a terceira semana de junho os preços voltaram a se recuperar e alcançaram R$ 2,25 por quilo, na primeira semana de julho, cobrindo os custos de produção e sendo suficientes para garantir rentabilidade aos produtores.
Além da oportunidade de expandir a atuação no mercado externo, os custos na avicultura estão em queda, já que a produção maior na safrinha de grãos deverá contribuir para a ampliação da oferta de milho, principal insumo utilizado na criação de aves. Caso se confirme a safrinha recorde, a tendência é que os custos com a produção contnuem em queda.
Crescimento - Em Minas Gerais, as exportações de carne de frango estão em crescimento. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em informaçãos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), entre janeiro e junho deste ano os embarques de carne de frango apresentaram expansão de 17,15% no faturamento frente ao valor de US$ 164,2 milhões registrada em 2012, alcançando US$ 193,4 milhões. Alta também foi registrada no volume exportado, que no mesmo período foi ampliado em 2,37%, totalizando 22,4 mil toneladas.
Em relação às exportações brasileiras, segundo Iglesias, o volume de carne de frango in natura ficou abaixo do esperado pelo mercado. "Particularmente, com a desvalorização do real frente ao dólar, esperava um resultado mais efetivo nos embarques, que deverão atingir volumes totais em torno de 325 mil toneladas", disse.
Segundo o Mdic, as exportações de carne de frango do Brasil renderam US$ 590 milhões em junho (20 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 29,5 milhões. A média ficou 7,8% menor na comparação com os US$ 32 milhões obtidos diariamente em maio, quando os embarques de carne de frango renderam US$ 672 milhões. Em relação a junho de 2012, quando foram obtidos US$ 25,3 milhões, houveá um avanço de 16,3%.
O volume de carne de frango exportado pelo país em junho foi de 289,9 mil toneladas, com média diária de 14,5 mil toneladas, o que indica um recuo de 2,8% frente à média de 14,9 mil toneladas registradas em maio, que teve embarques de 313,3 mil toneladas.
Na comparação com junho de 2012, quando foram embarcadas 287,9 mil toneladas, com média diária de 14,4 mil toneladas, a alta foi de 0,7%. Apesar do resultado mais fraco, Iglesias acredita que o mês de julho terá um desempenho melhor nos embarques de carne de frango frente a junho.
Veículo: Diário do Comércio - MG