Os preços de balcão no mercado físico de boi brasileiro permaneceram estagnados no decorrer da última semana de novembro. Os frigoríficos ainda apontam para um posicionamento mais satisfatório em suas escalas de abate, temendo pela relutância por parte dos pecuaristas. As informações são da consultoria Safras & Mercado.
Segundo o analista da consultoria Fernando Henrique Iglesias, ao que tudo indica, essa situação pode ser alterada pelo auge da demanda que tende a ser alcançado nos próximos quinze dias. Isso pode provocar uma maior necessidade de reposição, forçando os frigoríficos a reajustar o balcão.
O mercado, de acordo com o analista, deve seguir aquecido até a última semana de dezembro, período em que a demanda já começa a arrefecer. "O volume de contratos a termo é irrisório neste momento, distante de atender toda a demanda dos frigoríficos. A oferta de confinados também é muito limitada. Apesar disso, os frigoríficos voltam a indicar um posicionamento mais confortável em suas escalas de abate".
No início da última semana, muitas unidades ainda não tinham tomado uma posição definida para o restante da semana, aguardando por uma situação mais concreta do mercado físico nos próximos dias. Segundo o boletim semanal divulgado pelo Sindfrio, a oferta de bovinos gordos ainda é restrita em razão das pastagens se encontrarem bastante prejudicadas e por retenção dos pecuaristas. Por outro lado, as indústrias têm de manter o mercado consumidor interno e atender os compromissos internacionais.
Diante do quadro, o preço desembolsado apresenta constante alta e deverá manter elevados os patamares. A escala média ainda é reduzida, entre três a quatro dias.
A média mensal de preços em novembro em São Paulo foi de R$ 144,07 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, preço foi de R$ 137,06. Em Minas Gerais, a arroba esteve em 137,07. Em Goiás, foi cotada a R$ 136,83. Em Mato Grosso, a R$ 128,30. No atacado, a média mensal foi de R$ 11,11 nos cortes de traseiro e de R$ 6,52 nos cortes de dianteiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG