Pif Paf é mais uma presa na mira de Abílio Diniz

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Abílio Diniz está com sua calibre 12 apontada para uma nova presa. Desta vez,o alvo a ser abatido atende pelo nome de Pif Paf Alimentos.

 

 



Responsável por mais de 20% das vendas de frango no país por meio das marcas Sadia e Perdigão, a BRF enxerga a compra do frigorífico mineiro como um movimento fundamental para ampliar esta participação. A aquisição permitiria ao grupo aumentar em aproximadamente 10% a sua capacidade de produção – o Pif Paf abate cerca de 350 mil aves por dia. A BRF ainda adicionaria ao seu faturamento cerca de R$ 1,8 bilhão por ano. Herdaria também unidades em nove cidades mineiras e outras duas em Goiás, além de cinco fábricas de alimentos industrializados.

Para a empresa comandada por Abílio Diniz há ainda uma razão estratégica tão importante quanto todos estes números. Ao comprar o Pif Paf, a BRF  tiraria das gôndolas do mercado um dos poucos ativos de porte que escaparam da consolidação do setor.

Ressalte-se que a investida sobre o Pif Paf se dá em um momento de mudanças nevrálgicas na gestão da BRF. No fim do ano, Claudio Galleazzi, lugar-tenente de Abílio Diniz, deixará a presidência da companhia. Será substituído por Pedro Faria, atual CEO da área internacional da empresa.

Uma das missões de Faria é justamente revigorar a operação da BRF no segmento de aves. No ano passado, o volume de vendas de frangos in natura no mercado interno caiu 16%. As exportações, por sua vez, recuaram 3%.

A BRF identifica no Pif Paf alguns sinais de fragilidade que podem facilitar sua caçada. As tentativas da empresa de atrair um sócio minoritário, leia-se um fundo de investimento, foram tiros n’água. Com isso, o plano de se fortalecer mediante a compra de um concorrente de maior porte – um dos alvos seria a Big Frango – ficou pelo caminho.

O Pif Paf não tem demonstrado fôlego sequer para manter a política de aquisições de abatedouros de menor calibre que a caracterizou nos últimos anos.

 
 

Veículo: Site Negócios & Finanças


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