A Associação Brasileira dos Criadores de Carne Suína (ABCS) e quatro redes varejistas que representam mais de 10% do setor no País (Grupo Pão de Açúcar, St. Marche, Oba Hortifruti e Comper), promovem até o dia 12 de outubro, a versatilidade da proteína animal mais consumida no planeta durante a quinta edição da Semana Nacional da Carne Suína. São 589 lojas espalhadas pelo Brasil com ofertas e colaboradores preparados para tirar dúvidas e indicar cortes da proteína. O evento conta com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, abriu e comandou a cerimônia que reuniu 150 autoridade, lideranças e parceiros no Hotel Tivoli, em São Paulo, para promover o produto que integra produtores, empresas de insumos, varejo e o consumidor final. “A Semana Nacional da Carne Suína envolve elos desde as granjas até a mesa. Trabalhamos engajados para oferecer um produto que atenda o anseio das famílias brasileiras, com compromisso com a qualidade, sanidade, o meio ambiente e a sociedade. Este é nosso propósito. É nisso que acreditamos”, afirmou Marcelo Lopes.
Livia Machado, A diretora de Marketing da ABCS, Livia Machado, apresentou detalhes sobre a estratégia para a Semana. “Todo um arsenal de comunicação será usado pelas nossas quatro redes parceiras – Grupo Pão de Açúcar, Comper, St. Marche e Oba Hortifruti - desde materiais de loja até mídias sociais, com muito viés educativo sobre saudabilidade, qualidade e sustentabilidade. É uma campanha de pertencimento. Um novo tempo para nossa carne suína”, saudou, para logo depois reconhecer o esforço e a dedicação dos participantes na preparação da Semana, que receberam placas de homenagem.
Caio Camargo, um especialista em varejo, palestrou sobre as oportunidades e os desafios para a carne ocupar espaços na preferência dos consumidores. “O segmento da carne suína percebeu o que o consumidor atual quer e está evoluindo neste sentido. Há muito a avançar porque o mercado já não é o mesmo e o consumidor também não. Quando era criança, pernil, para mim, era algo grande que deveria ser feito na padaria. Hoje, já é apresentado de forma mais prática. Se não for assim, vai perder para o nuggets. Além disso, tem muitos diferenciais a serem trabalhados, desde embalagens até cortes”, analisou.
Diversas autoridades prestigiaram o lançamento e falaram sobre a importância da iniciativa da ABCS. “O Sebrae se ocupa em desenvolver os pequenos e médios negócios há 45 anos. A ABCS é uma parceira do Sebrae e já realizamos dezenas de ações juntos. Que a 5ª Semana Nacional da Carne Suína seja mais um case e oportunidade de grandes negócios”, pregou Augusto Togni, gerente de agronegócios do Sebrae. “A suinocultura terá um mercado estável neste ano e vai exportar mais de 700 mil toneladas. Apesar da operação carne fraca, considerando todas as proteínas, está apenas um pouco abaixo do ano passado graças ao trabalho de toda a cadeia, inclusive do Ministério. Hoje, temos que aumentar a exportação e o consumo de carne suína, pois é uma excelente proteína que será cada vez mais forte”, defendeu Ricardo Santin, vice-presidente da ABPA.
“A sustentabilidade caminha junto com a competitividade e a Embrapa está para apoiar isso. Contem com a Embrapa”, indicou Janice Zanella, chefe da Embrapa Aves e Suínos. “Temos muito claro aqui o que apresentar. Uma proteína que, além do ponto de vista do alimento excelente, a saudabilidade do produto, pela defesa animal do governo federal e dos suinocultores. E, muito importante, a licença social que o consumidor exige em bem-estar, ao meio ambiente e no aspecto econômico. Agora, estamos incluindo esta proteína tão especial na merenda escolar de São Paulo ou em compras públicas do Estado. Faz bem ao Estado, ao País e ao brasileiro consumir mais carne suína”, pregou Arnaldo Jardim, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
“O Brasil tem potencial para produzir 30 milhões de toneladas de carne suína. Como potencial, tem sim. Mas no mercado é diferente. O ano de 2022 é o ano da virada da suinocultura. Pois, apesar de não termos febre aftosa, apenas Santa Catarina tem o certificado de livre sem vacinação. E isso limita o mercado internacional pois enxergam o Brasil como um só. Mas isso vai mudar até 2022. Temos um potencial incrível que passará a ser efetivado nos próximos anos na suinocultura. Como produtor, eu reproduzo o que meu pai me dizia: não espero que o governo ajude, apenas que não atrapalhe. Minha passagem pelo Ministério vai ser para mudar algumas coisas que apenas são impedimentos à produção. É nessa direção que vamos. E agora, por exemplo, vou para o México para negociar mais um mercado para este setor. Estamos trabalhando e para trazer mais boas notícias”, prometeu o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, que prestigiou a abertura da Semana Nacional da Carne Suína.
Fonte: Revista Pork