A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou uma leve retração de 0,04% no período de 30 dias encerrado em 22 de setembro, depois de subir 0,04% na pesquisa realizada no último dia 15 deste mês. Segundo levantamento divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o grupo Alimentação - cuja variação saiu de -0,75% para -0,91% no intervalo de uma semana - foi o principal responsável pelo comportamento do índice.
"O índice atualmente está com efeito predominante dos alimentos mais voláteis, que em geral não têm nenhuma pressão de alta dos itens ligados a tendência", explicou o coordenador do estudo, Paulo Pichetti. De fato, os maiores destaques de queda do índice foram verificados em batata-inglesa (de -15,28% para -18,06%), leite tipo longa vida (de -6,08% para -7,19%), tomate (de -38,05% para -26,36%), cebola (de 0,75% para -11,49%) e feijão carioquinha (de -8,22% para -6,95%) .
Exatamente por conta da forte e imprevisível oscilação de preços desses produtos, Pichetti informou ser difícil prever tanto o fechamento de setembro do IPC-S quanto se o índice virá com alta ou deflação. Para o longo prazo, a análise é mais fácil. "Esperamos que nos próximos meses venha uma média de avanço em torno de 0,30%", afirmou.
Demais grupos
Excluindo Vestuário, que passou de 0,01% para 0,27% no intervalo de uma semana, todos os demais grupos apresentaram desaceleração da inflação entre 15 e 22 de setembro. Habitação passou de 0,35% para 0,28%; Saúde e Cuidados Pessoais foi de 0,35% para 0,27%; Educação, Leitura e Recreação saiu de 0,38% para 0,26%; Transportes foi de 0,17% para 0,16%; e, por fim, Despesas Diversas passou de 1,28% para 1,21%.
Veículo: DCI