São Paulo tornou-se a 22ª cidades mais cara do mundo, superando boa parte das capitais europeias e asiáticas, segundo estudo do banco UBS. Em razão da valorização de 29% do real, São Paulo pulou 20 posições em custo de vida calculado em dólar, na comparação com outras 72 cidades.
Os salários na capital paulista estão, na média, apenas na 40ª posição. A renda disponível em relação aos preços, que dá o poder compra, continua inferior ao de boa parte das metrópoles no mundo. Segundo o UBS, o poder de compra em São Paulo é quase 60% inferior ao de Zurique, cidade caríssima. O pagamento de uma hora de trabalho na capital paulista (na média de 15 profissões) compra 18% a menos do que a hora trabalhada em Lisboa.
O UBS checou, em São Paulo, os preços de 112 produtos e serviços, desde um litro de leite, um quilo de pão, o ingresso para o cinema etc. Depois calculou tudo em dólar e fez a comparação internacional.
"São Paulo é caro para o estrangeiro, que enfrenta o dólar valorizado, mas está mais cara também para o brasileiro"' diz Daniel Kalt, economista do UBS. "Zurique tem o custo de vida mais elevado, mas os salários líquidos (após dedução de impostos) produzem mais poder de compra", afirma.
Oslo, Zurique e Genebra continuam sendo as cidades mais caras do mundo. Vêm, depois Tóquio, Copenhague e Nova York. As mais baratas seriam Mumbai, Manila e Bucareste.
Os assalariados residentes em Zurique, Sidney, Miami e Los Angeles têm o maior poder de compra. Em várias grandes cidades de países emergentes, o poder de compra interno dos salários é 80% inferior ao de Zurique.
Veículo: Valor Econômico