A continuidade do aquecimento do mercado interno impulsionou as vendas do comércio varejista nacional, que subiram 1,1% em novembro do ano passado, perante o mês anterior. Foi a mais forte expansão em três meses, acima da alta de 0,3% apurada em outubro de 2010. Na comparação com igual mês de 2009, as vendas do comércio avançaram 9,9% em novembro do ano passado, e acumularam elevação de 11% em 2010, até novembro.
Com o resultado, analistas já estimam alta anual recorde de vendas para o varejo nacional em 2010, que deve mostrar resultado de dois dígitos pela primeira vez em sua história. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), de novembro. Segundo o instituto, as vendas do comércio ampliado, que incluem duas atividades além das oito costumeiramente pesquisadas pelo IBGE, subiram 1,4% em novembro de 2010 em face às de outubro do mesmo ano. Na comparação com novembro de 2009, as vendas do comércio subiram 17% em 2010.
Para o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central (BC) Carlos Thadeu de Freitas, na prática, o interesse renovado por compras do consumidor brasileiro ao longo de 2010 foi norteado por um cenário de renda elevada e boa oferta de crédito, garantindo poder aquisitivo para gastos com bens duráveis de maior valor agregado. "As vendas no ano passado devem encerrar com alta de 11,2%", acrescentou o especialista.
Os gastos do consumidor na compra por duráveis podem ser percebidos no desempenho de novembro de 2010 da PMC: o volume de vendas de veículos e motos, partes e peças subiu 30,4% em novembro de 2010, contra novembro de 2009, no varejo. Na comparação, o volume de móveis e eletrodomésticos subiu 20,5%.
Veículo: DCI