A explicação para a crescente atração de investimentos, conforme a secretária Dorothea Werneck, é o bom desempenho da economia mineira, que registrou expansão superior a 10% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, aliado à austeridade na gestão fiscal. "O recolhimento dos tributos também está aumentando, o que significa que estamos coordenando as ações dentro do que a lei permite. Os benefícios fiscais não estão sendo concedidos de maneira irresponsável, ou seja, não prejudicam a receita", argumentou.
"Por outro lado, a guerra fiscal entre os estados ainda está longe do fim", afirmou Dorothea Werneck, referindo-se às medidas implantadas em março pelo governo de São Paulo, que, além da prorrogação de benefícios à maioria dos segmentos produtivos, estabeleceram novos incentivos para os fabricantes paulistas de eletrodomésticos e lácteos.
Os artigos da linha branca fabricados naquele Estado contarão com a redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para 7%, além da desoneração das importações de matérias-primas e componentes intermediários. Já a produção de leite longa vida, iogurte e leite fermentado será beneficiada com crédito outorgado.
A indústria de eletrodomésticos e a produção de lácteos são dois segmentos que têm se destacado em Minas nos últimos anos. O Estado, que possui a maior bacia leiteira do país, tem recebido investimentos de diversas indústrias de alimentos à base de leite no Sul do Estado, como Kopenhagen, Barry Callebaut e Ferrero Rocher.
Veículo: Jornal do Comércio (MG)