PESQUISA - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro considera as nove paralisações nacionais e 30 estaduais que caem em dias da semana até dezembro
O Brasil vai perder R$ 135,8 bilhões, ou 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do País com as paralisações nos nove feriados nacionais e 30 estaduais que caem em dias de semana em 2011. É o que afirma a nota técnica O Custo Econômico dos Feriados, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O valor diário estimado para as perdas por dia parado, em 2010, foi de R$ 13,8 bilhões.
Para 2011, com a correção e o crescimento previsto do PIB, o valor aumenta para R$ 14,8 bilhões. Assim, chegase ao valor de R$ 135,8 bilhões.
O montante equivale a aproximadamente quatro vezes o custeio dos Jogos Olímpicos de 2016. Também seria suficiente para dobrar os recursos destinados no orçamento federal à área de saúde.
Ainda assim, 2011 trará menos perdas com feriados do que o ano de 2010, em que todos os 12 feriados nacionais caíram em dias de semana.
Com isso, o valor perdido no ano passado ficou em 149,2 bilhões, ou 4,4% do PIB nacional.
Em média, no Brasil perdese um PIB a cada 23 anos por conta dos feriados.
RIO. No caso específico do Estado do Rio de Janeiro, a perda bruta diária em 2011 chega a R$ 1,6 bilhão, equivalente a duas reformas do Maracanã e seis vezes o valor destinado pelo governo estadual para a reconstrução das cidades da Região Serrana atingidas pelas chuvas de janeiro.
Considerando os nove feriados nacionais e mais os estaduais, a economia fluminense vai perder R$ 14,5 bilhões, ou 3,6% do PIB estadual.
O total é equivalente a todo o investimento estimado para implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), maior empreendimento em construção no País hoje.
A nota técnica da Firjan também calcula as perdas para outros cinco estados entre os mais industrializados do Brasil. Em São Paulo, a conta pode chegar a R$ 42,5bilhões.
Já Minas Gerais perde R$ 12 bilhões. Os estados do Rio Grande do Sul (R$ 9,4 bilhões), Paraná e Santa Catarina (R$ 8,5 bilhões cada) completam a lista.(Com agências)
Veículo: Jornal do Commercio (RJ)