Cesta básica em São Paulo é a mais cara do Brasil, diz Dieese

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A cidade de São Paulo permaneceu em abril no posto de capital com a cesta básica mais cara do Brasil. Segundo pesquisa nacional realizada em 17 capitais pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a capital paulista liderou o ranking pela sétima vez consecutiva. O preço médio do conjunto de produtos alimentícios essenciais no município apresentou alta de 0,35% em abril ante março, para R$ 268,52.

 

Porto Alegre voltou a ficar no segundo posto entre as cidades com a cesta mais cara do País. Em abril, o conjunto de produtos custou, em média, R$ 264,63 na capital gaúcha, o que representou aumento de 1,34% ante o preço observado em março. Vitória foi a terceira capital pesquisada com preço mais elevado, de R$ 256,12.

 

Na sequência, com preços também acima de R$ 230, ficaram Rio de Janeiro (R$ 255,16), Florianópolis (R$ 252,55), Brasília (R$ 248,32), Manaus (R$ 247,92), Belo Horizonte (R$ 247,03), Curitiba (R$ 246,53), Goiânia (R$ 237,16) e Belém (R$ 231,40). As cestas mais baratas em abril foram encontradas nas cidades de Aracaju (R$ 185,88), João Pessoa (R$ 198,79) e Recife (R$ 202,03).

 

Segundo o Dieese, especificamente em São Paulo, houve elevações fortes nos preços médios da batata (25,64%) e do feijão (7,95%). Ficaram mais baratos os preços médios do tomate (baixa de 13,73%), arroz (queda de 3,66%), açúcar (recuo de 1,84%), banana (queda de 1,70%), farinha de trigo (baixa de 0,94%) e pão (queda de 0,15%).

 

Segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.255,84 em abril, para que ele suprisse suas necessidades básicas e as da família.

 

Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 268,52, em São Paulo, e ao se levar em conta o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,14 vezes maior que o piso vigente no Brasil, de R$ 545.

 

A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em abril de 2011, o conjunto de bens essenciais diminuiu para 94 horas e 41 minutos, na comparação com o mês anterior e com o mesmo período do ano passado (98 horas e 44 minutos).

 


Veículo: DCI


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