Para adquirir os 34 produtos básicos da cesta básica no Grande ABC entre janeiro e maio, o morador precisou desembolsar R$ 23,16 a mais do que no mesmo período do ano passado. Isso significa que o preço dos alimentos, bebidas e produtos de limpeza ficou 6,8% mais caro, custando em média R$ 360,27.
Somente nos cinco primeiros meses do ano, o litro do leite saiu de R$ 1,59 para R$ 1,83, ficando 15% mais caro frente a maio de 2010.
Ainda no campo das proteínas, os cortes de segunda da carne bovina seguiram o mesmo caminho e foram além. A média de preço das semanas pesquisadas no ano passado foi R$ 8,06. Neste ano, o morador paga pelo quilo do acém R$ 10,58, valor 31% mais caro.
Na opinião do engenheiro agrônomo da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, Fábio Vezzá De Benedetto, o forte avanço nos valores desses produtos é motivado pelo custo da ração dada aos animais, visto que neste período a qualidade da pastagem não é boa. Isso encarece tanto o leite quanto a carne.
"Outro fator é que os pecuaristas estão pressionando os laticínios a pagar mais pelo leite. Quando o reajuste não ocorre, a produção diminui e culmina na elevação dos preços ao consumidor", acrescenta Benedetto.
Em compensação, os valores dos alimentos básicos como arroz estão mais baratos neste ano. O cereal, por exemplo, recuou 18% entre janeiro e maio, sendo vendido em média por R$ 6,61. Na última semana de maio de 2010, o pacote com cinco quilos era comercializado por R$ 8,11. Já na semana passada, o produto estava por R$ 6,39.
A diferença também é considerável no caso do feijão, cujo preço acumulado da embalagem de um quilo custava R$ 2,41 e agora é vendida por R$ 2,36. Apesar de estarem apenas 2% mais caros, foi exatamente nesta época que os preços dispararam no ano passado. Em maio de 2010, a leguminosa custava R$ 3,53, enquanto na semana passada era encontrada por R$ 2,21.
"A tendência é que esses produtos mantenham-se estáveis, principalmente o arroz, pois a principal colheita do ano foi realizada. Em relação ao feijão, o preço está condicionado à rigidez do inverno. Caso seja forte, o valor subirá na primavera, pois interfere no cultivo", diz o engenheiro.
BALANÇO - Apesar dos preços mais salgados durante os cinco primeiros meses do ano, o valor da cesta básica durante maio ficou 0,21% abaixo do pesquisado em abril. Os moradores pagaram R$ 0,78 a menos frente ao mês anterior, totalizando R$ 362,71.
No período, os produtos que tiveram maior alta foram o leite (6,93%), seguido do tomate (6,69%), sabonete (6,49%) e carne bovina de segunda (4,96%). O levantamento considera o consumo de uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, no período de 30 dias.
Produtos estão mais caros no início do mês
Bastou virar o mês para que o preço dos alimentos, hortifrúti, produtos de limpeza e higiene pessoal ficassem mais caros. Na análise semanal realizada pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, a cesta é vendida por R$ 361,29, valor 3,05% maior quando comparado ao levantamento anterior.
Dos 34 produtos pesquisados pela Craisa, 20 registraram alta, 12 apresentaram queda e dois não registraram alteração. Quem for às compras nos supermercados da região gastará até R$ 10,69 a mais.
Ao contrário das semanas anteriores, o hortifrúti foi o principal responsável pela inflação da cesta básica. A laranja encabeçou a lista com aumento de 32,52%, com quilo vendido por R$ 1,63. Logo figura o tomate, 32,06% mais caro, encontrado por R$ 4,16 nas prateleiras. Em seguida está a banana, inflacionando 31,09% e comercializada a R$ 1,56. A batata encerra a lista dos mais caros, subindo 23,08% e vendida por R$ 1,92.
MAIS BARATOS - Será vantajoso para o consumidor nesta semana adquirir frango ao invés da carne de primeira como o coxão mole. O quilo do frango resfriado comercializado por R$ 3,46 está 10,13% mais em conta na comparação com pesquisa anterior. Conforme o Diário publicou na semana passada, o produto está com preço 14% menor neste ano.
Outro item bastante consumido pela população, o feijão, continua com valores atrativos, caindo 5,56% e preço médio nas gôndolas de R$ 2,21. Ainda como mistura, a carne bovina de segunda (acém) é boa opção, pois ficou 4,55% mais barata com preço médio de R$ 10,92 o quilo.
Veículo: Diário do Grande ABC