Pela segunda semana seguida, os preços dos 34 produtos que compõem a cesta básica consumida no Grande ABC registram queda. Desta vez, o recuo de 0,62% equivale à economia de R$ 2,25 na compra da cesta, que soma R$ 359,04.
Levantamento realizado pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André indica que houve queda nos valores em todos os segmentos: alimentos, higiene pessoal, limpeza doméstica e hortifrúti. Dos itens pesquisados, 19 ficaram mais baratos, 13 sofreram alta e dois não apresentaram oscilação.
Apesar do cenário positivo, a variação de preço entre os supermercados é cada vez maior. O quilo da batata é encontrado em Diadema por R$ 0,99, enquanto outra loja na cidade e mais duas em São Caetano e Santo André comercializam o item por R$ 2,95, diferença de 197,98%.
Outro exemplo é a bolacha tipo maisena, que tem variação, entre os estabelecimentos pesquisados, de 121,21%. O produto mais barato está em Santo André e custa R$ 0,99. O mais caro está em loja em São Caetano, onde sai por R$ 2,19. "Muitos pensam que não vale a pena perder tempo pesquisando preço, pois o período de hiperinflação terminou. Entretanto, em alguns produtos, a diferença é grande", diz o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto.
A lata de extrato de tomate registra a terceira maior diferença de preços. A embalagem com 340 gramas custa R$ 1,39 em supermercado em Diadema, enquanto em outros dois, em Mauá e São Caetano, sai por R$ 2,99.
ARROZ E FEIJÃO - Pela segunda vez no ano, o quilo do feijão sofre reajuste significativo passando de R$ 2,21 para R$ 2,52 a média do pacote, variação de 14%. A primeira vez foi em março, quando o alimento aumentou de R$ 2,05 para R$ 2,32, 13%. Benedetto avalia a alta como pontual.
"É melhor que ocorram alguns reajustes nesta época, pois se o preço cair muito os produtores ficam desestimulados a cultivar, podendo provocar forte escalada nos preços em setembro."
No caso do arroz, o preço segue em queda. Na comparação com igual período de 2010, o valor atual de R$ 6,10 pelo pacote com cinco quilos está 23% mais barato.
Veículo: Diário do Grande ABC