Cesta básica mais cara em 12 capitais

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Doze entre as 17 capitais brasileiras avaliadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentaram alta nos preços dos alimentos essenciais em junho. O destaque do levantamento, divulgado ontem, ficou com Florianópolis: aumento de 4,44%. Já Goiânia registrou a variação negativa mais expressiva (-3,23%).

 

As cidades que apresentaram aumento nos preços, além de Florianópolis, foram Fortaleza (3,64%), João Pessoa (3,02%), Recife (2,88%), Natal (2,53%), Porto Alegre (2,46%), Manaus (1,94%), Belém (1,31%), Salvador (1,13%), Curitiba (0,43%), Belo Horizonte (0,34%) e São Paulo (0,18%). A queda nos preços dos alimentos básicos foi verificada, além de Goiânia, em Aracaju (recuo de 1,84%), Vitória (-1,71%), Rio de Janeiro (-1,19%) e Brasília (-1,14%).

 

No acumulado do primeiro semestre, apenas Manaus e Goiânia apresentaram deflação no preço da cesta básica, que tem 13 itens levados em consideração pela pesquisa do Dieese. Nessas capitais houve queda de 0,70% e 0,87%, respectivamente. Já com base no acumulado dos últimos 12 meses, só Salvador (-1,52%) e Aracaju (-0,50%) têm variação negativa.

 

Os maiores aumentos no período de um ano foram encontrados em Fortaleza (24,20%), Florianópolis (14,62%) e Rio de Janeiro (12,60%). No acumulado em 2011, os preços subiram mais expressivamente em Florianópolis (11,88%), Fortaleza (9,87%), Porto Alegre (7,97%) e João Pessoa (6,17%).

 

Mínimo - A jornada de trabalho necessária para a aquisição da cesta total foi, em junho, de 96 horas e 05 minutos, mais que no mês anterior, que era de 95 horas e 16 minutos. Em junho de 2010, a compra comprometia 94 horas e 56 minutos, segundo o Dieese.

 

O custo da cesta básica alimentar comparado com o salário mínimo líqüido - isto é, após os descontos da Previdência Social - apresenta relação semelhante. Considerando a média das 17 capitais, no mês de junho a taxa era de 47,47%; no mês de maio, de 47,07% e, em junho de 2010, de 46,90%.

 

Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário, que em junho correspondeu a R$ 2.297,51.

 

Este valor representa 4,22 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545. Em maio, o valor estimado era bastante parecido, de R$ 2.293,31, ou seja 4,21 vezes o piso em vigor. Em junho de 2010, o menor valor deveria ser de R$ 2.092,36, isto é, 4,1 vezes o mínimo de então, de R$ 510. (AE/FP)

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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