Cesta básica teve alta em 10 entre 17 cidades

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O consumidor voltou a pagar mais pela cesta básica no mês de outubro, depois de boa parte das capitais ter registrado queda de preços em setembro.  o que aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Das 17 capitais brasileiras pesquisadas, o valor dos produtos fundamentais à alimentação subiu em dez localidades, no mês passado.

Porto Alegre foi a cidade onde a cesta básica apresentou a maior alta, de 1,93%, seguida por Curitiba (1,61%) e Vitória (0,95%). Já em todas as capitais do Nordeste houve recuo de preços. A pesquisa mostra que as quedas mais significativas foram verificadas em Natal (-2,63%) e Fortaleza (-2,22%). Fora da região nordestina, os consumidores de São Paulo também gastaram menos na hora de adquirir produtos básicos (-0,08%).

No acumulado de janeiro a outubro de 2011, o custo da alimentação essencial para os brasileiros caiu em quatro capitais. Em Natal, o recuo foi de 8,76%, em Fortaleza os preços tiveram queda acumulada de 3,39%, em Goiânia a redução foi de 0,48% e em Manaus, queda de 0,19%. Ainda nesta base de comparação, as altas mais expressivas da cesta básica foram verificadas em Porto Alegre (9,99%), Florianópolis (9,60%) e Belo Horizonte (6,76%).

Nos últimos 12 meses, de novembro de 2010 a outubro deste ano, apenas em Natal (-0,21%) e Salvador (-0,03%) a cesta básica acumula variação negativa. Na ponta oposta, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória registram aumentos mais expressivos, de 13,06%, 12,19% e 9,82%, respectivamente.

Vilões - Apontados como os vilões da cesta básica dos brasileiros em outubro, os preços da carne, do pãozinho, do café e do óleo de soja subiram em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Porto Alegre foi o local onde a carne registrou o aumento mais expressivo. Em outubro, ante setembro, esse produto de maior peso na composição de itens da alimentação básica avançou 3,42% na capital gaúcha. Em seguida, aparecem Salvador (+2,73%), Florianópolis (+2,21%) e Curitiba (+2,01%). Já no Rio de Janeiro (-1,09%), em Natal (-0,83%), João Pessoa (-0,40%) e Manaus (-0,20%) a carne ficou mais barata no mês passado em comparação com setembro.

Em 12 meses, houve elevação nos preços da carne em todas as 17 capitais, sendo os mais representativos verificados em Manaus (+17,10%), Florianópolis (+16,14%), Fortaleza (+14,39%), Belém (+14,17%) e Belo Horizonte (+13,76%). A alta, segundo o Dieese, ainda é resultado do período de geadas e forte seca até agosto.

Já a quebra na safra de trigo e os estoques mais baixos, de acordo com a instituição, deixaram o tradicional pãozinho mais caro em outubro ante setembro. Os aumentos mais vigorosos foram registrados em Natal (+4,82%), Aracaju (+4,49%) e Goiânia (+4,32%). Apenas em Florianópolis e Salvador os preços caíram, em 1,04% e 0,60%, respectivamente. Na comparação com outubro de 2010, os consumidores de 15 capitais pagaram mais para comprar pão, principalmente em Natal (+13,32%), Porto Alegre (+9,62%) e Aracaju (+7,00%).

Outro produto bastante consumido pelos brasileiros e que encareceu na maioria das capitais pesquisadas pelo Dieese foi o café. O item subiu em 13 cidades, com destaque para João Pessoa (+5,02%), Porto Alegre (+4,76%) Brasília (+4,23%) e Curitiba (+4,23%). Já no Recife (-2,30%), Goiânia (-1,21%) e Salvador (-0,64%) houve redução de preço. No período de 12 meses, no entanto, o café subiu em todas as 17 capitais do levantamento e a alta foi superior a 10%. Em Belo Horizonte, por exemplo, o custo foi de 30,55%.

O óleo de soja avançou em 13 capitais, no intervalo entre Vitória (+0,34%) até Porto Alegre (+4,29%) em outubro ante setembro. Em 12 meses, o produto subiu em todas as 17 capitais pesquisadas. De acordo com o Dieese, poucos produtos ficaram mais baratos na comparação mensal. O preço do tomate diminuiu em 14 regiões, o do açúcar registrou redução em 11 cidades e o do arroz teve queda em 9 capitais. (AE)


Veículo: Diário do Comércio - MG


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