Indústria e varejo negociam com prazo cada vez mais curto

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A instabilidade econômica alterou as práticas de negociação entre a indústria e o varejo neste fim de ano. As encomendas, tradicionalmente firmes, ocorrem agora mês a mês e, em alguns casos, semanalmente. As condições de preço são acertadas por curto período. "Todo mundo fica esperando para saber como o consumidor vai se comportar", diz Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

 

Mauro Avila Correia, superintendente de marketing da BSH Continental Eletrodomésticos, informa estar negociando agora vendas para novembro e dezembro. Segundo ele, a valorização do dólar não permite muita antecipação. A coreana Samsung também está renegociando com maior freqüência as condições de venda, diz José Roberto Ferraz de Campos, vice-presidente da empresa.

 

"Pode-se até fazer um pedido para entrega em janeiro, mas o preço fica em aberto, indefinido. E o prazo máximo que um preço se mantém é de um mês", diz Emilio Glinski, diretor comercial e de compras do grupo MM Mercadomóveis, do Paraná.

 

O caso da Mercadomóveis não representa a situação dos grandes varejistas, que, com o peso de negociação, não aceitam mexer nas condições acordadas antes da crise.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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