Consumidor menos confiante

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A confiança do consumidor brasileiro ficou menor na passagem de abril para maio, segundo a Sondagem do Consumidor divulgada na sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a FGV, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,2% após ter apresentado forte alta, de 4,9%, no mês de abril, na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal.

Com o resultado, o desempenho do indicador passou de 128,7 pontos em abril para 127,1 pontos em maio. O ICC é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos, sendo que quanto mais próximo de 200 maior o nível de confiança.

O ICC é dividido em dois indicadores. Houve piora tanto nas avaliações do momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,8%, ao passar de 148,1 pontos em abril para 145,5 pontos em maio. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,1%, saindo de 118,3 pontos para 117,0 pontos, no mesmo período.

No ICC, o indicador que mede a satisfação com a situação econômica local no momento atual teve uma queda de 2,6% em maio em relação ao mês anterior, após ter registrado três altas consecutivas. O item foi o que mais contribuiu para a queda de 1,2% do ICC no período.

Na passagem de abril para maio, a fatia de consumidores que avaliaram a situação da economia local como boa diminuiu de 34,0% para 31,5%. Por outro lado, o total de entrevistados que julgaram situação econômica atual como ruim aumentou de 14,2% em abril para 14,8% em maio.

A expectativa em relação à situação econômica local para os próximos seis meses também piorou. O indicador teve queda de 1,5%, passando de 126,3 pontos em abril para 124,4 pontos em maio. A parcela de consumidores que projetam um ambiente econômico melhor nos meses seguintes foi reduzida de 37,5% em abril para 36,5% em maio, enquanto o número de pessoas que vêm uma piora aumentou de 11,2% para 12,1% no período. O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 2 e 22 de maio.


Acomodação - A queda na confiança do consumidor em maio, apontada na Sondagem do Consumidor pela Fundação Getúlio Vargas, não representa uma reversão de tendência e a inadimplência não assusta, disse Viviane Seda, coordenadora do levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. A confiança do consumidor recuou 1,2% neste mês, após forte alta de 4,9% em abril, na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal.

Segundo Viviane, a queda no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) reflete uma acomodação nas expectativas em relação à situação econômica, mas na média móvel trimestral, o indicador segue subindo. "A confiança tinha subido muito, por três meses seguidos", disse, destacando que, em abril, o ICC tinha se aproximado do recorde de dezembro de 2010.

Na avaliação da economista, o mercado de trabalho ainda aquecido, sobretudo nos setores de serviços e comércio, possibilita que a tendência de otimismo se mantenha.

Ainda de acordo com Viviane, desde o fim do ano passado, os entrevistados na pesquisa indicam que estão menos endividados. Normalmente, leva de seis a sete meses para a percepção sobre a redução no endividamento refletir-se nos dados de inadimplência do Banco Central.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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