Conforme a FJP, o número total de desempregados em abril chegou a 121 mil pessoas.
Após ter se mantido relativamente estável em março na comparação com fevereiro, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) voltou a apresentar queda em abril frente ao mês anterior. O volume de desempregados no quarto mês deste ano passou de 5,4% para 5% da População Economicamente Ativa (PEA), calculada em 2,420 milhões de pessoas. O número é o mais baixo registrado desde o início da série histórica, em 1996.
O resultado manteve a RMBH na primeira posição do ranking das capitais com os menores níveis de desemprego do país, apresentando também taxa inferior à média nacional, que foi de 10,8%. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o levantamento, o número total de desempregados na Grande BH no quarto mês deste exercício chegou a 121 mil pessoas. No mês imediatamente anterior esse número era de 131 mil e em igual período do ano passado chegava 196 mil. Já em relação ao número de ocupados na RMBH, observou-se estabilidade, já que o índice aumentou em 0,3% frente a março e foi estimado em 2,279 milhões de trabalhadores.
No mês passado foi registrado aumento no contingente de ocupados no segmento de serviços, com a criação de 14 mil vagas, o que representa um aumento de 1,1% em relação ao terceiro mês de 2012; e no agregado "outros setores", com a geração de 5 mil vagas, crescimento de 3,4%, na mesma base de comparação. Na outra ponta, o número de postos de trabalho caiu no comércio (6 mil, ou 1,7%), na construção civil (4 mil, ou 2,1%) e na indústria (1 mil ou 0,3%).
Assalariados - No que se refere à forma de contratação, houve alta no número de postos de trabalho entre os assalariados, com aumento de 29 mil, que, conforme o estudo, reflete os acréscimos no setor privado (33 mil). O comportamento desse segmento resultou do aumento de postos de trabalho assalariado com carteira assinada (37 mil) já que diminuiu o contingente de assalariados sem registro (4 mil). Além disso, reduziram-se os contingentes de autônomos (15 mil) e aumentaram os empregados domésticos (5 mil).
Em março o rendimento real médio dos ocupados foi estimado em R$ 1.410, o que representa redução de 2,4% em relação ao mês anterior. O salário real médio também apresentou queda (2,1%), sendo estimado em R$ 1.389. Entre fevereiro e março de 2012, a massa de rendimento real dos ocupados diminuiu 3,6%, refletindo principalmente o decréscimo do rendimento real médio. A massa de rendimentos dos assalariados também diminuiu (2,5%), como resultado do decréscimo do salário real médio, já que o nível de emprego permaneceu relativamente estável.
Em relação aos resultados dos últimos 12 meses, destaca-se a redução do volume de desempregados em 75 mil pessoas, resultado do acréscimo de 71 mil ocupações, e da estabilidade do contingente de pessoas no mercado de trabalho da RMBH em 4 mil pessoas.
Veículo: Diário do Comércio - MG