Lojistas demonstram mais confiança.
A Sondagem do Comércio Lojista de Belo Horizonte, pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), relativa à expectativa das empresas para as vendas de abril, apontou para um otimismo cauteloso. 81% dos entrevistados apostavam no aumento de vendas em relação a março, mas o número final mostrou que 41% conseguiram melhor desempenho, enquanto 40% repetiram o volume de vendas. Por outro lado, os 6% que previam faturamento menor em abril em relação a março acabaram chegando a 19% da amostra.
O que aconteceu é que a Páscoa, que ocorreu em abril, potencializou a dinâmica das vendas, deixando os lojistas mais otimistas e os consumidores propensos às compras. Mas abril é um mês que guarda ainda os efeitos do início de ano, quando as dívidas contraídas em novembro e dezembro, além do pagamento do Imposto de Renda Pessoa Física, inibem a disposição das pessoas para as compras.
Mas na análise comparativa de abril de 2012 com o mesmo mês de 2011 o quadro revela-se mais favorável, já que o somatório de vendas melhores ou iguais às de março chegaram a 83% dos lojistas. Do total, 18% contabilizaram resultados piores. A mediana de aumento de vendas foi de 14%.
Quando perguntados sobre a expectativa de vendas para maio, 63% apostaram em melhores resultados, 34% em empate e apenas 3% previram desemprenho mais fraco. O quadro ficou muito semelhante ao encontrado em 2011, quando 64% apostavam em vender mais, 28% em manter o volume de negócios e 8% em queda de vendas. A sondagem mostra que o número de empresários que acredita em vendas melhores frente ao mês anterior vem subindo desde o início do ano. Eles eram 26% em janeiro, 28% em fevereiro, 48% em março, 51% em abril e 63% em maio.
Sobre os estoques, 78% dos entrevistados responderam que fecharam abril no ponto ideal, enquanto 13% declararam ter fechado o mês com estoques acima do esperado. Este indicador espelha o ritmo do mercado consumidor e o planejamento por parte dos lojistas. Há ênfase em mercadorias mais ágeis, mas a disposição de compra está atrelada na confiança das pessoas na economia, crédito e percepção de emprego, exigindo das empresas a adoção de medidas para tornar seus estoques mais eficientes.
Veículo: Diário do Comércio - MG